VIDA URBANA
Sindicância vai apurar caso de jovem que morreu de infecção após parto
Informação foi divulgada por meio de nota pela Secretaria Municipal de Saúde na manhã desta sexta (3).
Publicado em 03/03/2017 às 10:52
A maternidade Instituto Cândida Vargas (ICV) está instaurando uma comissão de sindicância para acompanhamento e apuração do caso da adolescente de 15 anos que morreu de infecção após um parto realizado na noite da quinta-feira (2). As informações foram divulgadas por meio de nota pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na manhã desta sexta-feira (3).
Segundo a SMS, a jovem foi admitida na maternidade às 3h do dia 27 de fevereiro, já com início de trabalho de parto. E às 22h59 do mesmo dia teve o parto normal com o bebê nascido vivo. Ainda conforme a nota, a paciente teve o pós-parto apresentado vômito, náuseas e dor abdominal, com isso, foi submetida a exames que apontaram infecção. Na tarde da quinta-feira (2), ela foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde teve cinco paradas cardíacas e faleceu.
O corpo da adolescente foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e a maternidade aguarda o laudo com a causa da morte. "Enquanto isso, a maternidade está instaurando uma comissão de sindicância para acompanhamento e apuração do caso até a conclusão da causa mortis e dependendo do resultado tomar todas as providências cabíveis e legais", informou a nota.
Família diz que houve negligência
Segundo a família da adolescente, houve negligência da equipe médica que atendeu a jovem. A mãe da adolescente quebrou uma porta de vidro da maternidade e acabou ficando com a mão ferida. A Polícia Militar foi acionada no local para conter o tumulto.
Ainda conforme a família, a jovem passou quase 24 horas em trabalho de parto se queixando de dores, mas foi orientada pela equipe médica a esperar. A irmã da vítima, que preferiu não se identificar, explicou que os profissionais estouraram a “bolsa” da adolescente com a mão e esperaram que ela apresentasse dilatação. “Depois do parto [natural], costuraram ela com resto de parto dentro [do útero] e deu infecção”, denunciou.
O que disse a Cândida Vargas
Segundo a diretora do ICV, Terezinha Lisieux, a paciente apresentou complicação no quadro clínico e acabou morrendo. Em entrevista à reportagem do JORNAL DA PARAÍBA no início da manhã, Lisieux ressaltou que, naquele momento, qualquer tipo de negligência médica estava descartada, e rechaçou a abertura de sindicância interna para investigar algum tipo de negligência.
Sobre o tumulto ela disse que precisou chamar segurança e que entende a dor da família. "A família entrou em desespero, precisamos pedir reforço da Guarda Municipal, que veio junto com a PM. A jovem era da região, o que trouxe muita gente para frente da maternidade. Cada um expressa sua dor como quer", afirmou a diretora.
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