Preso é acusado de comandar tráfico

Um presidiário que cumpre pena por tráfico de drogas no Presídio de Segurança Máxima (PB1) no bairro de Jacarapé, em João Pessoa, é acusado de comandar pontos de tráfico de drogas no Geisel, na capital. A suposta organização criminosa que chefiava a venda de drogas a partir da unidade prisional foi descoberta após a prisão de um dos envolvidos no comércio ilegal. Em menos de um mês, esse é o terceiro caso em que a Polícia Civil prende um suspeito de tráfico que declara receber ordens de um presidiário.

A mais recente descoberta começou a vir à tona na noite da última segunda-feira, quando Edgley de Andrade Santos, 33 anos, foi preso na comunidade Citex, no Geisel. A prisão aconteceu durante uma operação conjunta entre os policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e o grupo de inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária. Com o acusado, os policiais encontraram um quilo de crack, em forma de tablete.

Segundo o delegado Allan Terruel, o acusado confessou que o presidiário Osmano Canuto de Araújo, conhecido por 'Cavanhaque', seria o dono da droga e responsável pelo comando de distribuição do produto. O acusado disse ainda que realizou três carregamentos antes de sua prisão, todos seguindo as ordens do 'Cavanhaque'. “Ele disse que recebia ligações do presidiário para saber como agir”, afirmou o delegado.

De acordo com o gerente executivo de Planejamento, Segurança e Informação da Secretária de Administração Penitenciária (Seap), tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, na madrugada de ontem, o presidiário, que já responde pelo crime de tráfico e cumpriu parte da pena em presídio federal, recebeu voz de prisão da coordenação de plantão do presídio PB1.

O tenente-coronel Sobrinho informou ainda que serão instauradas sindicâncias internas para apurar a entrada de aparelhos celulares em presídios de segurança máxima. A suspeita é que os celulares entraram através de visitass ou ainda facilitação de servidores.