Detran desconfia que escândalo envolva mais de uma autoescola

Da Redação

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) não sabe ainda quando vai revelar o nome da autoescola envolvida no escândalo da compra de carteiras de habilitação na Paraíba. Investigações prévias apontam que mais de um centro de formação de condutores estejam envolvidos no caso que já afastou oito servidores de suas funções no órgão.

Na última terça-feira (26), por recomendação da assessoria jurídica, o Detran decidiu suspender a publicação da portaria de descredenciamento da autoescola envolvida no esquema de venda das CNHs. Eles alegaram que a revelação do nome pode prejudicar as investigações do caso. Segundo o superintendente do órgão, coronel Américo Uchôa, o nome só será divulgado quando as investigações estiverem avançadas.

Atualmente, um levantamento está sendo feito para saber a quantidade de carteiras fornecidas irregularmente pelo esquema. Segundo Uchôa, assim que o Detran descobrir as carteiras fornecidas pelo o suposto esquema de fraudes, o órgão vai cassar estes documentos e aplicar punição aos detentores destes.

Na terça-feira (26), Uchôa determinou o afastamento pelo prazo de 60 dias de oito servidores apontados como responsáveis por infrações administrativas na área de carteiras de habilitação, como alterar códigos dos resultados de exames de psicotécnico.

O Detran designou duas comissões especiais para investigar as denúncias que foram apurados em uma sindicância neste mês. Caso sejam comprovados os crimes administrativos, elas poderão ser penalizadas com demissão, prevista no artigo 120, incisos I, IV, XI e XIII do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Paraíba.

Foram afastados Roberto Toscano Brito, Lindemberg Morais de Santana, Tereza Cristina Mororo Melo, Marciola Santana de Lacerda, Ana Maria Coura Tratay, José Ricardo da Costa Machado, Maria do Socorro Brito de Oliveira Lima e Rita de Cássia Morais Sá.