VIDA URBANA
Donos de postos de CG investem em segurança armada
Donos de postos se unem e montam sistema integrado de monitoramento. Foram 70 assaltos em 2011.
Publicado em 29/09/2011 às 7:30
Cansados de sofrer prejuízos com a onda de assaltos em Campina Grande, os donos de postos de combustíveis se uniram para montar um sistema integrado de monitoramento e segurança armada que vai começar a funcionar a partir da próxima segunda-feira. O sistema vai contar com uma central de rádio para coordenar uma equipe com, aproximadamente, 20 seguranças armados para garantir a segurança nos postos de gasolina da cidade.
Mais da metade dos postos de Campina Grande serão monitorados na fase inicial do projeto de acordo com o Sindicato de Revendedores de Combustíveis (Sindirev), ou seja, 25 dos 48 estabelecimentos do setor na cidade. “A gente tomou uma providência drástica, contratando também um exército com vigilantes e motos. É uma estratégia de ação”, informou Bruno Agra, presidente do sindicato.
O sistema vai funcionar nos mesmos moldes do “Condomínio Cidadão”, que funciona em João Pessoa desde o ano de 2008.
Cada posto credenciado terá um rádio com botão de emergência que ao ser acionado, todos os postos serão avisados da ocorrência, instantaneamente, junto com a central do sistema montada no Centro da cidade. Cada posto vai receber a descrição dos bandidos e trocar informações sobre a rota de fuga.
Todos os dados serão transmitidos à Polícia Militar para auxiliar na prisão. Após a implantação, qualquer estabelecimento comercial poderá aderir ao sistema.
De acordo com o sindicato, 70 casos de assaltos a postos de gasolina já foram registrados só este ano em Campina. Na noite da última terça-feira, dois homens armados e de moto renderam um frentista de um posto na avenida Manoel Tavares, no bairro do Alto Branco e realizaram mais um assalto. Toda a ação durou apenas 25 segundos e foi gravada pelo circuito interno de segurança do posto. As imagens mostram o funcionário sendo revistado pelos bandidos e obrigado a tirar os sapatos para checar se tinha mais dinheiro.
Este foi o terceiro ataque ao posto só em 2011. Apesar de todas as ações terem sido gravadas, a direção do posto decidiu não prestar queixa em nenhum dos casos. “Infelizmente, a gente não denuncia porque não dá em nada”, afirmou o gerente que pediu para não ser identificado. Um dos bandidos usava colete de mototaxista durante a ação. A dupla conseguiu fugir e ainda não foi localizada.
Custos
A implantação do sistema vai custar inicialmente, R$ 80 mil. Valor mantido pelos estabelecimentos credenciados. Cada um vai pagar mensalmente, R$ 400,00 para manter o sistema, mas o valor da mensalidade poderá cair com a ampliação do número de associados.
Abordagem
A assessoria de imprensa do 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM) informou que junto ao projeto de monitoramento dos postos, as equipes policiais estão também implantando uma ‘nova filosofia’ de atuação, com a realização de abordagens próximo aos estabelecimentos.
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