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POLÍTICA

2015 foi um ano de altos e baixos, digno de novela mexicana

Tanto no contexto nacional, quanto na Paraíba, articulações políticas deram as cartas durante os 365 dias do último ano.

Publicado em 31/12/2015 às 22:00

O processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), as pedaladas fiscais, as denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, as manifestações de rua e a famigerada Operação Lava Jato. Estes são apenas alguns dos fatos políticos que monopolizaram as manchetes do país em 2015 e que dariam pano pra manga para uma versão brasileira de “House of Cards”, série norte-americana de sucesso inspirada nos bastidores da política.

Os episódios da trama brasileira, de tão elaborados, surpreenderia até roteirista de cinema. Afinal, quem imaginaria a prisão de um senador (Delcídio do Amaral, do PT) e de empreiteiros no país onde ricos e políticos costumavam não ir para a cadeia? Depois de usar os pedidos de impeachment contra Dilma a seu bel prazer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi flagrado com contas na Suíça e se viu obrigado a “abrir as portas” de casa para a Polícia Federal cumprir mandatos de busca e apreensão.

E o que dizer da carta enviada pelo vice-presidente Michel Temer a Dilma, em que faz uma espécie de acerto de contas com a presidente? A tensão entre os dois é tão evidente que até a interpretação da música “Amigos para Sempre”, de Milton Nascimento, em um evento militar virou notícia das páginas de política. O evento foi responsável pela primeira aparição pública dos dois depois do episódio da carta e foi tratada com ironia pela imprensa.

Na Paraíba, o ano pré-eleitoral também foi bastante movimentado. O governador Ricardo Coutinho conseguiu reverter o quadro na Assembleia Legislativa, ampliando a bancada governista e atraindo os “Maias” para o seu lado. Além de “calar” Anísio (PT) e Gervásio (PMDB), o governador conseguiu atingir maioria na Casa e ainda conta com um socialista na presidência da Mesa, o deputado Adriano Galdino.

Na capital, o prefeito Luciano Cartaxo surpreendeu aliados e adversários ao deixar o PT e se filiar ao PSD, do ministro Gilberto Kassab. A saída do prefeito provocou uma debandada em massa do PT, como os vereadores Bira e Benilton Lucena, além dos secretários municipais Adalberto Fulgêncio e Hildevânio Macedo.

Imagem

Jornal da Paraíba

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