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ECONOMIA

Consumo vai atingir R$ 41,7 bilhões

Levantamento mostra que neste ano, as famílias da Paraíba poderão gastar R$ 5,980 bilhões a mais do que podiam no ano passado.

Publicado em 25/04/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:52


O potencial de consumo dos paraibanos deverá ultrapassar a faixa de R$ 41,722 bilhões em 2013, alta de 16,73%, segundo projeções do IPC Marketing Editora no estudo IPC Maps. O levantamento calcula anualmente os índices dos 26 estados e Distrito Federal e dos 5.565 municípios brasileiros. Na publicação divulgada ontem, ele mostrou que, neste ano, as famílias da Paraíba poderão gastar R$ 5,980 bilhões a mais do que podiam no ano passado (R$ 35,742 bilhões).

De cada R$ 100 gastos no país, R$ 1,39 serão gastos na Paraíba. No ano passado, este valor era R$ 1,31 e, com a elevação, o Estado vai ganhar uma posição no ranking nacional (de 17º para 16º), ultrapassando o Mato Grosso do Sul.

Segundo o pesquisador do IPC Maps, Marcos Pazzini, principal motivo para o crescimento da Paraíba foi o aumento da quantidade de domicílios da classe C (C1 e C2) e o fortalecimento dos valores de potencial de consumo da classe A1 (maior poder aquisitivo) e classe C1 (emergente).

“A classe A1 aumentou sua participação no potencial de consumo da Paraíba em 0,7 ponto percentual, e a classe C1 aumentou sua participação em 1,7 ponto percentual”, explicou.

Apesar de perder participação este ano (de 38,6% dos gastos para 38%), a classe econômica B lidera em volume R$ 14,184 bilhões em consumo.

As classes econômicas A e B vão perder participação nos gastos em 2013 na Paraíba, enquanto a C vai elevar de 35,35 para 37%. É bom lembrar que a B lidera ainda com 38% do total, mas a classe A cai para 15,7% ante 16,5% (2012).

Segundo Marcos Pazzini, “a hipótese para o fenômeno da classe B ter perdido participação no potencial de consumo diz respeito ao maior endividamento dessa parcela da população.

Verificamos que em muitos casos a ascensão social da classe C para a classe B foi conseguida por meio da aquisição de determinados bens, comprados por meio de financiamento, que ainda não estão quitados, daí uma menor predisposição ao consumo em 2013 por parte dessa classe.

Para o economista Nelson Rosas, a razão da alta do consumo na Paraíba está diretamente interligada ao aumento real do salário mínimo que impactou na renda dos paraibanos que ganham menos. Eles são, por sua vez, os maiores beneficiados pelo incremento mensal.

“Isto tem repercussão imediata, uma vez que há um consumo reprimido por parte dessas pessoas. Elas tem, portanto, muita propensão a consumir”, explicou.

Pazzini acrescentou, ainda, que houve um crescimento de 21,07% na quantidade de empresas na Paraíba e este cenário favoreceu a entrada de paraibanos no mercado de trabalho.

“O setor de serviços, por exemplo, conseguiu um crescimento de 4,21% sobre o ano passado, seguido pela indústria que cresceu 17,84%”, pontuou.

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Jornal da Paraíba

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