VIDA URBANA
Crianças cardiopatas ainda esperam cirurgia
Apesar das ações desenvolvidas no Hospital infantil Arlinda Marques a lista de espera para cirurgia em crianças cardiopatas é alta.
Publicado em 20/12/2011 às 6:30
Cerca de 40 crianças paraibanas estão na lista de espera para realizar uma cirurgia cardíaca. O hospital infantil Arlinda Marques, em convênio com a Associação Círculo do Coração de Pernambuco, realizou nos últimos dois meses 16 cirurgias. A intenção é elevar o número de cirurgias, de consultas e exames, além do treinamento de profissionais, através da Rede de Cardiologia Pediátrica da Paraíba.
Ontem, representantes das 12 maternidades paraibanas, além do Hospital Arlinda Marques receberam equipamentos que irão agilizar o diagnóstico e atendimento aos bebês recém-nascidos com alguma patologia do coração. Através de i-pads e programas específicos, as maternidades poderão se integrar às centrais instaladas no Hospital Arlinda Marques e no Círculo do Coração em Pernambuco, agilizando o diagnóstico e possibilitando a discussão de casos através de teleconferências.
“Com essa integração da rede estadual, podemos diagnosticar com mais rapidez e planejar melhor as cirurgias cardíacas infantis. Precisamos ampliar o número de cirurgias, pois, apesar dos avanços, ainda é pouco para a necessidade da Paraíba”, disse o secretário de Saúde da Paraíba, Waldson Souza.
O secretário explicou que, para atender a toda demanda de cirurgias, é preciso também aumentar a estrutura do Hospital Arlinda Marques, referência estadual da cardiologia infantil.
Atualmente, o hospital conta com seis leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para os pacientes da neurocirurgia e da cardiologia. Com a reforma que o hospital está passando, o secretário afirmou que esse número de UTIs deverá chegar a até 15 leitos.
A cada mês estão sendo feitas oito cirurgias por duas equipes profissionais no Arlinda Marques. Uma equipe é formada por médicos de João Pessoa, a outra por profissionais do Hospital Português de Recife, através do convênio com a Associação Círculo do Coração de Pernambuco. O secretário Waldson Souza disse, no entanto, que alguns casos de maior complexidade ainda precisam ser transferidos para outros Estados com mais recursos.
“A nossa intenção é justamente qualificar as equipes locais no diagnóstico, equipar e ampliar o hospital referência para que esses pacientes não precisem sair do Estado”, disse. Segundo ele, a Paraíba tem um alto índice de cardiopatias congênitas.
Nacionalmente, a cada mil nascimentos, oito bebês têem algum grau de alteração cardíaca, que poderão necessitar de intervenção cirúrgica.
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