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VIDA URBANA

Novo produto contra dengue é testado em João Pessoa

Testes com a substância lambda-cialotrina foram realizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) na mata do entorno da comunidade Paulo Afonso, no bairro de Jaguaribe

Publicado em 18/11/2014 às 18:32

Um novo produto chegou à Paraíba para auxiliar o combate à dengue e à febre chikungunya. Trata-se da substância lambda-cialotrina, inseticida usado há décadas no Brasil e recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle do mosquito Aedes aegypti. A informação é da coordenadora do núcleo de entologia e pesquisa operacional da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Laura Ney. Ela e outros técnicos da Vigilância Ambiental acompanharam na tarde de hoje os testes realizados com a substância na mata do entorno da comunidade Paulo Afonso, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa.

Segundo Laura, a iniciativa trouxe a necessidade de capacitação dos profissionais que atuam na aplicação espacial da droga por meio de veículos conhecidos como 'fumacês'. “Em relação ao produto, ele é similar e tao eficaz quanto os que já eram utilizados. A única diferença é que o solvente que vai ser usado agora é um óleo vegetal. Isso vai exigir um cuidado e uma manutenção maior com os esquipamentos. Por isso aproveitamos para fazermos uma reciclagem geral”, comentou.

“Em outubro, já capacitamos 1.700 agentes e agora estamos repetindo a ação. É algo bastante positivo, porque poderíamos simplesmente ter preparado uma nota técnica e enviado para os municípios, mas preferimos fazer essa oficina e revitalizar as orientações do controle”, acrescentou a coordenadora.

Ainda conforme ela, o produto anterior não deixou de ser usado por causa de uma suposta resistência adquirida pelos mosquitos no Estado. O motivo para a lambda-cialotrina não ter sido trazida antes tem a ver com questões mercadológicas, uma vez que o Ministério da Saúde trabalha com uma política própria de aquisição de insumos estratégicos.

“A aplicação espacial é uma técnica complementar de controle larvário que é feita rotineiramente. Quando há a infestação muito grande do vetor ou quando existe um surto da dengue, a gente entra com os veículos UBV (Ultrabaixo Volume ou fumacês), que vão atingir as fêmeas do inseto infectado para que num tempo relativamente curto a gente consiga eliminá-las e evitar a infestação”, frisou.

Laura explicou também que os locais onde o inseticida é aplicado são selecionados a partir de notificações dos casos, de investigações epidemiológicas e do trabalho da Vigilância Ambiental que é feita em cada município. De acordo com ela, semanalmente a secretaria recebe as informações referentes às doenças e propõe estratégias de combate.

“Dependendo da situação encontrada, esses carros, que são centralizados, são liberados. Vale ressaltar que foi criado um critério porque existe uma tendência de as pessoas acreditarem que os fumacês são os únicos que resolvem o problema e que o controle larvário não é importante, uma vez que esta não é a parte visível do programa. Elas costumam confiar muito na aplicação espacial, que justamente é a complementação”, finalizou.

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Jornal da Paraíba

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