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COTIDIANO

Uso indiscriminado de medicação pode causar hepatite

Anti-inflamatórios, analgésicos e outras substâncias medicamentosas  pode resultar em inflamação no fígado.

Publicado em 28/12/2014 às 18:14 | Atualizado em 01/03/2024 às 16:59

Há quem tenha o hábito de recorrer a medicamentos ao menor sinal de incômodo. Dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, tudo (ou nada) se torna motivo para tomar um anti-inflamatório, analgésico ou antitérmico. Contudo, apesar de aliviar os sintomas no momento, o uso indiscriminado de remédios pode resultar na hepatite medicamentosa, doença silenciosa, que pode trazer consequências sérias para o organismo.

A doença se caracteriza por uma inflamação no fígado, causada pelo excesso de substâncias medicamentosas, conforme afirmou o médico gastroenterologista Pedro Ferreira. “As causas ocorrem por ação direta do remédio ou de seus metabólitos no fígado. Vai depender da dose utilizada e da susceptibilidade individual”, declarou.

Os sintomas são semelhantes aos das hepatites virais, o que acaba por confundir os pacientes. Mal-estar, fadiga, náuseas, vômitos, dor de cabeça, falta de apetite, dentre outros. A hepatite medicamentosa pode, inclusive, ser confundida com uma gripe. “Em uma fase seguinte pode aparecer olhos e pele amarelados, urina escura e fezes de cor branca”, explicou o médico.

Muitos são os medicamentos que podem causar lesões no fígado. Segundo Ferreira, cerca de 1.100 deles podem provocar lesões, dentre os quais estão analgésicos, antibióticos, anabolizantes, anticoncepcionais, antiarrítmicos, anti-inflamatórios, antifúngicos, anestésicos, etc. Para surpresa e preocupação de muitos, até mesmo medicamentos naturais podem implicar em problemas no fígado.

Os sintomas, é importante dizer, podem durar até duas semanas. O diagnóstico da doença é feito pela identificação dos sintomas, sinais clínicos e pelos exames laboratoriais. O tratamento começa com a suspensão do medicamento que está provocando a lesão no fígado. “Quando feito o diagnóstico, o paciente é orientado a evitar o uso de medicamentos sem prescrição médica, que é um risco enorme à saúde”, afirmou o gastroenterologista.

A diferença entre a hepatite medicamentosa e as demais é que a primeira tem sempre uma evolução benigna, “não requerendo, na grande maioria das vezes, tratamento específico”. Esse tipo de hepatite também não evolui para a forma crônica, segundo explicou o médico. Contudo, ele disse que pode haver casos de hepatite medicamentosa na forma fulminante, como insuficiência hepática aguda irreversível, levando à morte.

Os tipos de hepatite mais comuns são A, B, C e D. O tipo E é mais comum na Ásia e África. Segundo o Ministério da Saúde, o problema mais frequente é a falta de diagnóstico, que termina por atrasar o tratamento. Ainda há a hepatite alcoólica (causada pelo uso de álcool) e a autoimune (quando o próprio organismo faz com que substâncias de defesa causem inflamação no fígado).

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Jornal da Paraíba

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