POLÍTICA
"Congresso produz muita porcaria", declara Aguinaldo Ribeiro
Líder do PP disse não ter pressa para votar pacote anticorrupção.
Publicado em 25/11/2016 às 10:11
Líder do PP na Câmara dos Deputados, o deputado Aguinaldo Ribeiro disse ao G1 que não tem pressa de votar o pacote anticorrupção. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiou nesta quinta-feira (24) após a polêmica gerada com a emenda que descriminaliza o caixa 2. Para o paraibano, o “Congresso produz muita porcaria enquanto vota açodado. [...] “E esse é um tema sério", disse.
Maia tomou decisão de adiar para a próxima terça-feira (28) porque não houve consenso entre os partidos sobre o texto a ser votado. O presidente da Câmara negou que não há nenhuma movimentação para que o texto permita o perdão a quem praticou o caixa 2 antes da sanção da lei, caso seja aprovada. “Vamos acabar com essa discussão de anistia. Não há anistia de um crime que não existe. É só um jogo de palavras para desmoralizar o parlamento brasileiro”, disse.
Desde que o relatório apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi aprovado nesta madrugada, surgiram rumores de que um grupo de líderes partidários estaria elaborando um texto alternativo para ser apresentado ao plenário com previsão de anistia do caixa 2 cometido no passado.
Após incluir a tipificação do crime no texto, Lorenzoni tem afirmado que o artigo não anula processos anteriores, já que foram baseados em outros artigos e considerando que o caixa 2 não estava definido em lei. Maia reiterou este posicionamento e reforçou o discurso em plenário.
O presidente da Casa disse ainda que o plenário é soberano para tomar qualquer decisão e disse que todas as legendas serão ouvidas até a próxima terça-feira (29), quando o projeto deve voltar à pauta.
Segundo Maia, não seria possível haver “pegadinhas” em relação a um assunto de interesse da sociedade. “Cada um tem seu mandato e compromisso com seu eleitor. Ninguém pode sozinho tomar decisão. O plenário tem liberdade para votar da forma como quiser. Isto não é contra o Judiciário ou o Ministério Público, mas é a favor da sociedade brasileira. Nossa obrigação é, de cabeça erguida, discutir esta matéria”, afirmou.
Regime de urgência
Os debates sobre a matéria começaram ainda pela manhã. Deputados conseguiram aprovar por 312 votos a favor, 65 contra e 2 abstenções o regime de urgência que permitira a votação ainda na quinta-feira.
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