Acusado de matar bancário Everton Belmont vai a júri popular

Inaê Teles

O contador Wagner Soares, réu confesso do crime que terminou na morte do bancário Everton Belmont em março de 2010, vai a júri popular. A família do bancário agora aguarda ansiosa a data do julgamento.

“Nada vai trazer Everton de volta, mas é uma forma de aliviar a dor. Nossa expectativa é que o júri aconteça ainda este ano e que ele seja condenado”, disse Elani Belmont, irmã de Everton. A decisão foi assinada nesta segunda-feira (25) e está no 2º Tribunal do Júri. O promotor responsável pelo caso, Edjaci Luna, disse que forneceria mais detalhes sobre a decisão ainda na tarde desta terça-feira (26).

O gerente bancário Everton Belmont, de 27 anos, foi assassinado a tiros na madrugada de 14 de março de 2010, em Jaguaribe. O crime teria acontecido após discussão por conta da suspensão de um cheque no valor de R$ 500. O acusado do crime é Wagner Soares Nóbrega, de 40 anos, que prestou depoimento à polícia quatro dias após o homicídio. A Justiça negou o pedido de prisão preventiva feita pelo Ministério Público

Em setembro do ano passado, aconteceu uma audiência de instrução e julgamento, que é uma sessão pública que reúne o juiz, as testemunhas, os advogados de defesa, promotores públicos e as partes (os réus e as vítimas, ou os parentes das vítimas), para debater a causa do processo. Na ocasião, 13 testemunhas foram ouvidas, sendo oito de acusação e cinco de defesa.

O contador responde ao processo em liberdade. Em julho, o Tribunal de Justiça indeferiu o pedido de prisão preventiva contra o acusado, por considerar que ele não apresenta risco à sociedade, já que tem residência fixa e não apresenta antecedentes criminais. Do outro lado, o Ministério Público argumentou que Wagner teria maus hábitos, seria agiota e andaria armado.