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VIDA URBANA

Usuários reclamam do calor nos ônibus

Além do desconforto, algumas doenças podem ser transmitidas pela pouca circulação de ar dentro dos ônibus coletivos.

Publicado em 14/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:42

Em pleno verão, com temperaturas atingindo mais de 30ºC em João Pessoa, com sensação térmica ainda maior, os usuários de ônibus sofrem o calor dentro dos coletivos. Além do desconforto, algumas doenças podem ser transmitidas pela pouca circulação de ar nos veículos, alerta especialista.

Apesar de alguns aparelhos de ventilação terem sido instalados em alguns veículos, nenhum dos 460 ônibus das empresas habilitadas a circular na capital possuem ar-condicionado.

Idelzuita Barbosa de Carvalho, 68 anos, mora no bairro do Grotão. Quase que diariamente, ela utiliza os transporte coletivo de João Pessoa e demora cerca de duas horas para chegar ao destino.

“É terrível e até uma falta de respeito porque a gente paga pela passagem e o conforto é zero. Os ônibus costumam vir lotados, demoram muito tempo para chegar, e as pessoas não cedem as cadeiras para os mais velhos. Os ônibus possuem mal cheiro e não têm ar-condicionado, o que deixa a gente no calorão mesmo, que só piora quando cai uma chuvinha e todos as janelas são fechadas. É uma verdadeira tortura”, disse.

Josefa Adriana Nunes, 26 anos, é dona de casa e três vezes por semana sai de onde mora, Gramame, e vai ao Centro de João Pessoa, carregando nos braços a filha, de 1 ano e dois meses, de ônibus. Ela contou que, por morar muito longe da área central da cidade, o sofrimento é muito grande, desde a espera pela chegada do veículo, até a viagem.

“Os ônibus são muito abafados. Diversas vezes, os passageiros abrem as janelas e a ventilação do teto, mas isso não é suficiente. Quem está na cadeira do canto tem que vir pendurado nas janelas para ver se pega um vento, como eu ando com criança, o jeito é suportar o calor. Eu já passei mal, e fui socorrida por pessoas que estavam no veículo. Com o abafado dos dias atualmente, o jeito é trazer água na bolsa e respirar fundo, mas certamente, o pessoal que está em pé sofre mais”, acrescentou.

O sofrimento com o calor é ainda maior para motoristas. Muitos profissionais passam mal e para evitar que isso ocorra, eles carregam consigo garrafas de água para garantir a hidratação durante o trabalho.

“Se lá fora, os termômetros dizem que está fazendo 30º C, dentro do carro, ao lado do motor, a temperatura é bem maior. Há 16 anos que eu trabalho no quentão, já estou até acostumando, porque não tem jeito, a gente precisa trabalhar. Para tentar aliviar carrego comigo sempre uma toalhinha para secar o rosto, e uma garrafinha de água do lado para beber toda hora”. explicou Eugênio Hortêncio.

Na avaliação da dermatologista Francisca Estrela, o calor é ruim tanto para o passageiro quanto para o motorista, que fica em contato com o calor por até nove horas de trabalho.

“Em princípio, o calor gera irritação e desconforto, mas é preciso lembrar que doenças são transmitidas nesses ambientes, sendo a principal delas a brotoeja, nome popular de Miliária, uma dermatite inflamatória aguda causada pela obstrução dos dutos excretores das glândulas sudoríparas, o que impede a saída do suor. Elas comumente aparecem no tronco, pescoço, nas axilas e nas dobras de pele, sob a forma de pequenas vesículas. Ambientes quentes e úmidos, tais como os ônibus favorecem esse tipo de erupção cutânea e que é desconfortante, porque provoca intensa coceira e sensação de queimação”, alertou.

Segundo Francisca Estrela, a prevenção é dificultada pela falta de opção da população, que precisa se submeter aos veículos lotados e com muito calor, o que favorece o aparecimento desta doença bem como de micoses.

“O jeito é andar com álcool em gel na bolsa e utilizá-lo tão logo saia do ambiente coletivo. Lavar as mãos regularmente", disse.

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Jornal da Paraíba

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