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CULTURA

Ivan Lins reúne canções 'injustiçadas' em novo disco

Cantor e compositor revisita as parcerias com Vitor Martins no novo 'América, Brasil'.

Publicado em 21/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 16:49

Ivan Lins afirma ao JORNAL DA PARAÍBA que ainda é um sonhador, um romântico. “Eu fico pensando num futuro de coisas bonitas, de coisas legais que poderiam acontecer no país. Penso num Brasil muito melhor do que este”, divaga o músico em papo com a reportagem, por telefone.

Ao longo de 50 anos de carreira - que celebra este ano, junto com 70 de vida -, o cantor e compositor sempre encontrou espaço para fazer de sua música, um instrumento de crítica social, sem deixar de lado o tom romântico que o consagrou. “Essa realidade brasileira convive comigo eternamente”, conta.

“Tem horas que a gente tem até vontade de se desligar, mas não dá. Eu gosto tanto deste país. Minha terra é aqui”, desabafa o músico, que tem um pé no Brasil e outro em Portugal, onde costuma passar cerca de três meses ao ano. “É aquela frase: só quem ama é quem se indigna”.

Essa verve está em América, Brasil (Sony Music, R$ 25,00), CD que acaba de lançar embalado pelas efemérides.

Composto por músicas que ficaram perdidas no fundo das prateleiras e repleto de participações internacionais (como o guitarrista uruguaio Leo Amuedo), traz canções como ‘Joana dos barcos’ e ‘Cantoria’ que, lançadas na segunda metade dos anos 1970, carregam críticas veladas ao regime militar, além da inédita ‘Luxo do lixo’, composta em 1981 para animar um bloco de carnaval que não saiu. "São músicas que dão uma cutucada 'nos homi'”, afirma o coautor das canções, entre risos.

América, Brasil celebra a parceria de Ivan Lins com Vitor Martins, uma dobradinha no melhor estilo Lennon/McCartney que rendeu sucessos do quilate de 'Abre alas', 'Ai ai ai ai ai', 'Iluminados', 'Começar de novo', 'Cartomante', 'Vieste' e tantas outras.

Mas nada de greatest hits neste novo CD. Apenas as canções “injustiçadas”, como Ivan Lins afirma. “Quando você lança um álbum, tem duas, três músicas que se destacam e as outras ficam perdidas dentro do disco. Então a gente foi resgatar essas músicas, além de outras, que outras pessoas gravaram”, informa.

O trabalho que tem 14 músicas distribuídas em 13 faixas foi pensado no ano passado, quando a parceria alcançou 40 anos, e acabou sendo lançado este ano, quando Ivan celebra seu cinquentenário artístico. Acontece que Vitor, um ano mais velho que o parceiro, está indissociável à carreira de Ivan Lins.

"É um álbum bem caseiro", afirma

América, Brasil traz canções gravadas por Simone (‘Do Oiapoque ao Chuí’), Leny Andrade (‘Cantor da noite’) e Beth Carvalho (‘Enquanto a gente batuca’), que pela primeira vez ganham a voz de seu autor, e canções que o próprio Ivan gravou no passado e retoma sob novos arranjos, como ‘Água doce’ e ‘Que quer de mim’.
Coube ao multi-instrumentista Marco Brito a tarefa de ajudar Ivan Lins a recriar os arranjos e executar com ele as releituras do repertório.

“É um disco bem caseiro”, confirma Ivan, que não esconde a vontade de retomar outras canções “injustiçadas” de seu imenso cancioneiro com Vitor Martins - ele calcula que a dupla tenha 300 canções – e seguir gravando o 'Feito em Casa 2', 'Feito em Casa 3'.... “Dá para fazer uns quatro ou cinco discos”, avisa.

Discos da RCA ganham reedições

No embalado nos 70 anos de vida e 50 de carreira de Ivan Lins, a Kuarup repõe mês que vem, nas prateleiras de CDs, dois álbuns fundamentais do carioca: Modo Livre (1974) e Chama Acesa (1975), ambos gravados durante a curtíssima passagem do músico pela extinta RCA/Victor.

Modo Livre é o que traz o primeiro grande sucesso da parceria com Vitor Martins: ‘Abre alas’, além de conter ‘Rei do carnaval’, ‘Deixa eu dizer’ (resgatada por Marcelo D2 em 2008 na voz de Claudia) e ‘Não tem perdão’, entre outras.

Disco que traz entre suas faixas ‘Joana dos barcos’ – tema de um balé que Ivan Lins está desenvolvendo -, Chama Acesa foi um grande fracasso de vendas, embora fosse um disco “à frente do seu tempo”, como reconhece seu autor, 40 anos depois.

“Eu fiz esse disco para sair da RCA”, revela Ivan Lins, que depois de Modo Livre, ainda tinha a obrigação de fazer mais dois LPs na gravadora. “Quando eu descobri que a diretoria não entendia nada do que eu tava fazendo, eu pensei: vou logo fazer um disco para eles detestarem”, recorda, entre risos. “Então sentei e fiz esse disco completamente jazzístico, com um trabalho literário muito politizado”.

Os CDs chegam às lojas ao preço de R$ 25,00, cada.

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Jornal da Paraíba

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