VIDA URBANA
Coren e MP fazem vistoria em hospital
Além da falta de materiais e equipamentos básicos, Ministério Público e Coren, encontraram déficit de pessoal no hospital fiscalizado.
Publicado em 05/12/2012 às 6:00
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e o Ministério Público (MP) fiscalizaram o hospital infantil Rodrigues Aguiar, que fica no centro de João Pessoa, na tarde de ontem, e constataram irregularidade no local. Após a visita dos representantes dos dois órgãos, ficou acertado que um relatório vai ser feito e, a partir deste, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) deve ser redigido pelo MP. A direção do hospital garantiu que vai fazer os ajustes necessários para continuar em funcionamento.
Durante a vistoria do Hospital Rodrigues Aguiar, o presidente do Coren da Paraíba, Ronaldo Miguel, e a promotora coordenadora do centro de apoio à saúde do MP, Adriana Amorim, constataram a falta de medicamentos, lençóis, ventilação adequada, vaporizador, materiais, como, por exemplo, desfibrilador infantil, além da falta de médico, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem.
Segundo a promotora Adriana Amorim, a intenção do Ministério Público não é fechar o estabelecimento, mas fazer com que o local tenha condições de atendimento a crianças e adolescentes.
O Hospital Rodrigues Aguiar é particular, mas tem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), que é o responsável por 90% dos atendimentos do estabelecimento.
“Nossa intenção nunca é fechar o hospital. O que queremos fazer é dar o mínimo de humanidade ao atendimento que está sendo dado aqui”, disse Adriana Amorim.
A representante do MP disse ainda que, em uma das enfermarias, as mães estavam dando banho em crianças de meses no chuveiro por falta de uma banheira disponível. Durante a visita da promotora foi constatado também que apenas dois dos quatro postos de enfermagem tinham enfermeiros de plantão.
Para o presidente do Coren, o hospital tem que se adequar às regras exigidas pelo órgão. Ronaldo Miguel garantiu que se nada for feito pela direção, o órgão vai tomar medidas que vise a interdição do local. “Se a partir do TAC o Rodrigues Aguiar não se ajustar vamos ser obrigados a fazer a interdição ética dos profissionais de enfermagem. Não podemos deixar que inocentes tenham colocadas suas vidas em risco por causa de ingerências”, afirmou o representante do Coren.
A direção do hospital não quis dar entrevistas, mas afirmou que vai cumprir as exigências do Ministério Público e do Coren.
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