VIDA URBANA
Obras de esgotamento sanitário estão paradas
Cagepa ainda afirmou que a indicação do início das obras nos dois bairros é de julho de 2012.
Publicado em 07/03/2014 às 13:00
Moradores dos bairros Jardim Tavares e Cruzeiro, em Campina Grande, estão prejudicados após as obras de esgotamento sanitário estarem paralisadas depois de oito meses. Após entraves burocráticos entre a Cagepa e a empresa Serviços de Engenharia e Construções (Senco), responsável pela obra, não foram concluídos os serviços de estação elevatória, além de ampliação da rede coletora dos locais que aumentariam a quantidade de ligações domiciliares de água.
De acordo com a Cagepa seriam investidos R$ 6,2 milhões nos dois bairros, sendo R$ 2,9 milhões no Jardim Tavares e R$ 3,3 milhões no Cruzeiro. Contudo, a empresa vencedora da licitação não cumpriu o prazo de conclusão da obra determinado na assinatura do contrato que foi de um ano, segundo afirmou a direção de expansão da entidade. O setor da instituição ainda afirmou que a indicação do início das obras nos dois bairros é de julho de 2012.
Como os serviços foram encerrados em julho do ano passado, os moradores das duas localidades passaram a conviver com ruas esburacadas, calçamento danificado, além dos problemas de esgotamento intensificados quando ocorrem chuvas na cidade. Para a Elizabethe Gomes, residente na rua Otília Pereira da Cunha, no Jardim Tavares, os moradores ficaram até esperançosos quando os serviços começaram. Mas a demora na conclusão de alguns trabalhos já anunciava que posteriormente os problemas viriam.
“Para cortar a rua até que foi rápido. Mas o serviço depois começou a demorar, e isso prejudicou muito o local. Em algumas ruas, na área superior do bairro, ficou praticamente intransitável”, testemunhou a moradora do Jardim Tavares que apontou o principal benefício que o local ganharia com a obra.
“Se tivesse sido concluído, o problema de chegar água por aqui seria resolvido. Agora, ninguém tem mais esperança que essa questão resolva”, disse.
A direção da empresa Senco respondeu as questões explicando que partiu de seu interesse a rescisão de contrato, o que aconteceu em julho de 2013 devido aos problemas de pagamento que estava enfrentando com a Cagepa. Segundo eles, ainda foram feitos cerca de um quarto da rede coletora no Jardim Tavares, mas como a entidade estadual não cumpriu os prazos de pagamento tornou-se inviável a conclusão dos serviços. A empresa ainda confirmou que boa parte do serviço executado foi feito com seus próprios recursos.
A direção de expansão da Cagepa confirmou que foi aberto um processo administrativo na entidade que está tratando sobre a rescisão do contrato entre as partes. Alegou contudo que já está em fase de elaboração de uma nova licitação para que ainda no primeiro semestre deste ano os serviços sejam reiniciados tanto no Jardim Tavares como no Cruzeiro. Já sobre o pagamento dos recursos que a empresa teria direito a partir do contrato, o setor apontou que o departamento jurídico da Cagepa será o responsável por avaliar a questão.
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