Paralamas do Sucesso completa 30 anos

Há 30 anos, entre a moldura do quadro musical do rock brasileiro, filhos da Ditadura, figurava onomatopeias das bordoadas punks dos Titãs, a risada escrachada da Blitz e o grito rebelde do Legião Urbana, estava um trio de jovens músicos que ensaiavam no apartamento da avó do baixista.

Atualmente cinquentões, o guitarrista e vocalista Herbert Vianna, o baixista Bi Ribeiro e o baterista João Barone, comemorando três décadas de formação da banda Os Paralamas do Sucesso, fazem o último show do ano nesta segunda-feira, a partir das 20h30, no palco montado no Busto de Tamandaré, divisa entre as praias de Tambaú e Cabo Branco, em João Pessoa.

A apresentação gratuita do Réveillon contará ainda com a Orquestra Sanfônica Balaio Nordeste, Capim Cubano, Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério.

“Será um show bem pra cima, com o repertório baseado nos grandes sucessos dos Paralamas”, garante o carioca João Barone em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA.

Olhando pelo retrovisor, Barone enxerga uma razão simples do grupo ter chegado até aqui: “Gostamos muito do que fazemos, temos uma relação muito respeitosa e ao mesmo tempo despojada com a música”, analisa. “Uma hora falamos de coisas ingênuas, outra sobre coisas muito sérias em nossas canções. Os Paralamas são ‘Óculos’ e ‘Alagados’, são ‘Ela disse adeus’ e ‘O calibre’. E assim vamos fazendo a nossa trilha”.

Trinta é o nome do projeto que a banda está organizando para comemorar os anos de carreira a partir do disco Cinema Mudo. “Vamos fazer uma turnê celebrando os 30 anos de estrada... Na estrada!”, brinca Barone.