icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

'Morte e Vida Severino' entra em exposição na Aliança Francesa

Em João Pessoa, entra em cartaz 'Morte e Vida Severino', exposição de Rafael Mendes sobre 'união dos passados experienciados'.

Publicado em 12/03/2015 às 9:00 | Atualizado em 19/02/2024 às 13:59

“O trabalho que faço não tem a fotografia posada ou falsa. É um trabalho de meses de convivência para sentir a expressão real da modelo”, explica Rafael Mendes, criador do coletivo Captura.Me que lança nesta quinta-feira, às 19h30, na Aliança Francesa de João Pessoa, sua exposição gratuita Morte e Vida Severino.
A mostra – que faz parte do projeto Jovens Talentos da Paraíba – permanecerá no local até o dia 11 de abril.

De acordo com o autor das onze obras onde são clicadas as vivências e sentimentos, foram utilizadas múltiplas técnicas desenvolvidas há dois anos: light painting, dupla exposição, tintas refletoras de flúor, registros sensoriais de momentos e movimentos.

“Eu anoto os sentimentos bons ou ruins e encontro na outra pessoa para mostrar a realidade”, aponta o fotógrafo paraibano, que cria uma rotina de análise contínua pessoal, descrevendo esses sentimentos e finalizando com a união de modelos que passaram por algo parecido, o que resulta numa obra artística.
Segundo ele, os sentimentos analisados são compostos de momentos com tempos variados, o que pode variar entre um mês, uma semana, um dia ou um intervalo mais curto.

Um exemplo dado à reportagem por Rafael Mendes é sobre os sentimentos de perda de um cachorro. São relatadas as emoções compartilhadas com o animal de estimação e a aflição de sua morte por um atropelamento. Na hora dos registros fotográficos, não só o modelo pensa no cachorro, como também todos os elementos sensórios do trauma, como a freada do veículo ou o latido moribundo do animal.
Sobre o batismo da exposição, que faz uma alusão direta com o clássico literário Morte e Vida Severina, do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), Mendes confessa que foi uma escolha aleatória. “Severino é o nome mais 'cabra da peste' que eu gosto de chamar”, conta o paraibano. “Severino representa a minha pessoa. Gosto muito da cultura do Nordeste e do jeito do nosso povo”.

Morte e Vida Severino é também uma alusão entre o ambiente sem luminescência, no qual Rafael Mendes inicia seus trabalhos, e a fotografia propriamente dita, “a captura da luz, a captura da vida”. Após a estadia na Aliança Francesa no bairro da Torre, a mostra gratuita será apresentada na unidade da escola de línguas localizada no MAG Shopping, também na capital paraibana.

Mendes também planeja fazer um livro ainda sem título que reúne seus trabalhos, sendo essa exposição um dos seus capítulos. A obra ainda não tem previsão de lançamento por aqui.

Sobre o Captura.Me, Rafael Mendes diz que o coletivo fará uma breve pausa este ano. O projeto formado por jovens fotógrafos de João Pessoa promove a identificação de novas técnicas, estudos dos trabalhos de outros fotógrafos e a divulgação e experimentação das suas próprias obras.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp