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ECONOMIA

75% dos televisores terão 'Ginga' até 2013

Sistema de interatividade que irá equipar os novos modelos, foi desenvolvido pelo LAVId da UFPB em parceria com a PUC-Rio.

Publicado em 05/09/2012 às 6:00


Seguindo determinação do governo federal, a partir do início do ano que vem, 75% das televisões produzidas na Zona Franca de Manaus terão que possuir o sistema de interatividade embutido, o Ginga, produzido em parceria pelos laboratórios de Telemídia, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVid), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Com o sistema, que já vem sendo utilizado em algumas cidades brasileiras, emissoras de televisão poderão investir em diversos conteúdos digitais interativos, permitindo mais participação dos telespectadores nos conteúdos produzidos pelas empresas, conforme explicou Álan Lívio, um dos pesquisadores do sistema.

“O Ginga oferece duas grandes mudanças. A primeira se refere ao enriquecimento de conteúdo enviado pelas emissoras. Esse conteúdo pode ser visualizado tanto em conteúdos jornalísticos, como também em programas esportivos. A segunda consiste em oferecer serviços de governo e de inclusão social. Esses serviços são exemplificados com as aplicações de portal de conteúdo interativo e de previdência social”, explicou Álan Lívio.

Para que o Ginga funcione, as empresas precisam investir massivamente no sistema. “O Ginga deixa de ser uma questão de preparação para ser uma questão de interesse das emissoras. O uso do Ginga enriquece o conteúdo audiovisual enviado. Existe a expectativa de um maior envio de conteúdo com a chegada de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, ressaltou Lívio acrescentando que a implementação do Ginga não deverá trazer altos custos para os consumidores.

A editora regional de jornalismo das TVs Cabo Branco e Paraíba, Ana Viana, comentou a expectativa trazida por esse novo sistema aqui no Estado. “O telespectador terá muito mais qualidade no material assistido. Haverá mudança na troca de conteúdos, pois o telespectador também se torna um emissor de informação, passaremos a conversar melhor com nosso público. As expectativas são muito boas, e nos estimulam a melhorar cada vez mais nosso serviço”, comentou.

Disponível desde 2008, o Ginga já está presente em algumas metrópoles brasileiras. A partir do próximo ano, a tendência é que a área de cobertura interativa seja ainda maior, devido à determinação do governo federal. (Especial para o JP).

Imagem

Jornal da Paraíba

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