icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Campina Grande sofre com novo lixão a céu aberto e população reclama

Prefeitura vai recorrer ao MP para obrigar proprietários a cercar o terreno localizado entre bairro do Jeremias e Campus da UFCG.

Publicado em 16/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 15/02/2024 às 12:28

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos pretende recorrer ao Ministério Público para obrigar os proprietários de um terreno entre o bairro do Jeremias e o Campus da UFCG, em Campina Grande, a cercar o local e impedir a colocação de lixo.

O terreno, que tem cerca de dois hectares, é hoje um grande lixão, com restos de construção civil, resíduos do comércio local e lixo orgânico, que são constantemente incinerados. A Prefeitura estima que cada limpeza na área custa cerca de R$ 30 mil.

O secretário de Serviços Urbanos, Geraldo Nobre, explica que a decisão de recorrer à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente foi tomada depois que a Prefeitura notificou a empresa que administra a maior parte do terreno, para que ela murasse ou cercasse a área e não obteve nenhuma resposta. “98% dos lotes no local estão sendo administrados por uma empresa a serviço dos herdeiros de Belino Figueiredo. Nós localizamos o proprietário da firma no Recife, mas ele até agora não nos deu nenhum retorno”. A Sesuma também notificou proprietários de outros dois terrenos na área, que se comprometeram a no prazo de 60 dias murar os lotes.

Geraldo Nobre revelou que a Sesuma já foi notificada duas vezes pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente para solucionar os problemas gerados pela existência do lixão no terreno e encontra dificuldades para encontrar e notificar os proprietários da área. Ele garante que o órgão não tem fiscais suficientes para impedir a colocação de lixo, porque ela muitas vezes ocorre à noite e nos finais de semana. Os proprietários de lotes que não cumprirem a determinação de cercar ou murar seus lotes, receberão multas que poderão variar de R$100 a R$ 3.900, podendo os valores duplicarem a cada vez que a Secretaria de Serviços Urbanos constatar o não cumprimento.

As irmãs Djanice e Djanete Rodrigues residem em uma rua ao lado do terreno há mais de 20 anos e contam que, nos últimos cinco anos, o volume de lixo depositado aumentou consideravelmente, assim como o número de animais que transmitem doenças. “Apesar de, há algumas semanas, o Pelotão de Polícia Ambiental estar mais vigilante e sempre vir quando denunciamos algum caminhão com lixo, há muitos mosquitos, ratos e escorpiões que, muitas vezes entram nas casas. As pessoas não têm escrúpulos, jogam tudo o que conseguem por aqui”, lamenta Djanete.

Djanice Rodrigues não pensa diferente. Segundo ela, as denúncias só podem ser feitas quando há um flagrante, e quem costuma jogar lixo no local muitas vezes vem de fora e à noite.

“A situação melhorou, mas o medo de doenças e o incômodo da fumaça quando queimam pneus, por exemplo, ainda persiste. Os donos dos terrenos deveriam, pelo menos, cercar suas propriedades, para impedir essa prática, que eu acredito que seja uma questão de cultura, porque o caminhão do lixo passa sempre”, salienta.

Os prejuízos ambientais também são sentidos no Campus da UFCG. O diretor do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), Ricardo Cabral, informa que já recebeu várias reclamações de professores e funcionários incomodados com a fumaça que vem da constante queima do lixo no terreno.

O promotor de Meio Ambiente, Eulâmpio Duarte, explicou que a Promotoria ainda não foi notificada sobre o posicionamento oficial da secretaria e que, assim que houver o contato direto, um estudo do caso será montado para que as providências sejam adotadas.

Herdeiros
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou um dos netos e herdeiros de Belino Figueiredo, Bento Figueiredo. Ele negou que a maior parte do terreno seja administrado por uma empresa em Recife e disse que não há ninguém cuidando desse espaço desde que o procurador responsável pelos bens da família na cidade morreu. Bento disse ainda que a família não tinha conhecimento do problema, mas garantiu que os herdeiros vão se reunir para discutir o assunto e depois um deles virá a Campina Grande para tentar resolver a situação.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp