Perfil inclui educação

Do estudo realizado com detentos no Presídio do Serrotão, pode-se afirmar que o criminoso passional é, em sua maioria, um homem de meia-idade, de religião católica, de educação elementar ou básica, com profissão não técnica, e com histórico de abuso de álcool. O passional possui ainda, uma família numerosa, convivendo com pai e mãe.

A relação do homicida passional com a figura materna costuma ser boa. Há, no entanto, números significativos de abuso de álcool e de violência entre os membros da família. No âmbito criminal, o passional não possui histórico de envolvimento em outros tipos de delito. Age durante o dia, em ambientes fechados, com testemunhas, não costumando premeditar o delito, fugindo após a prática. “São chamados de criminosos de ocasião. Na grande maioria dos casos a vítima encontra-se em companhia de outras pessoas, demonstrando a ausência de preocupação quanto a determinação e elucidação da autoria do crime e com as relações sociais existentes, fruto da união, ou com os filhos que acabam órfãos de mãe, pela morte prematura”, afirmou Andreza Fernandes.