icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Um Nelson de véu e grinalda

Encenado pela Cia. Paulista de Artes, espetáculo 'As noivas de Nelson' tem última apresentação neste sábado (2) em João Pessoa.

Publicado em 02/03/2013 às 6:01

Tirar o peso trágico de Nelson Rodrigues (1912-1980) foi um dos desafios encarados pela Cia. Paulista de Artes em As Noivas de Nelson, espetáculo que tem última apresentação hoje, às 20h, no Teatro do Sesi, em João Pessoa.

A peça, que está em turnê no Nordeste e parte da Paraíba para Pernambuco, terra de Nelson, viaja acompanhada de uma exposição em homenagem aos 100 anos do 'Anjo Pornográfico',
Eleito em 2008 o melhor espetáculo na mostra alternativa Fringe, do Festival de Teatro de Curitiba (PR), As Noivas de Nelson segue uma trajetória de sucesso que, segundo a atriz e assistente de direção Anamaria Barreto, precede o 'boom' que a dramaturgia do autor conquistou com o seu centenário.

"Nosso trabalho é muito mais longevo", destaca o braço direito do diretor carioca Marco Antônio Braz, um dos especialistas contemporâneos na obra de Nelson Rodrigues. "A gente começou em 2007, orientados por Marco Antônio, e lemos todos os 17 textos de Nelson, além de biografias, entrevistas e adaptações cinematográficas".

Segundo Anamaria, o objetivo do diretor era fazer uma 'adaptação branca' de algumas narrativas de A Vida Como Ela É... (1972), sendo textualmente fiel a Nelson, mas costurando em um mesmo personagem as semelhanças que mais de um apresentavam nos contos.

O resultado é uma encenação bem-humorada em que o elenco dá visibilidade às figuras femininas do universo rodriguiano, entre elas as noivas (Anamaria é a única que, em cena, não interpreta nenhuma, ficando a cargo das mães e sogras que Nelson Rodrigues também imortalizou em suas páginas).

"O nosso Nelson Rodrigues foge da tragicidade que os diretores enxergaram para mostrar seu lado mais patético", define Anamaria Barreto. "A plateia ri muito porque se identifica com as ansiedades expostas por Nelson de forma tão escancarada, dentro de um contexto de hipocrisia total".

A exposição, também em cartaz no Teatro do Sesi, toma como mote a frase de Nelson Rodrigues que revelava que ele era "um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura".

"A exposição foi toda bolada pelo grupo, sob a liderança de Marcelo Peroni (produtor da Cia. Paulista de Artes), para mostrar o que descobrimos da personalidade de Nelson durante as pesquisas", explica a atriz.

A mostra é composta, entre outras peças, por oito fechaduras em pedestais de ferro com fotos cedidas pela família Rodrigues retratando a vida do dramaturgo.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp