Alto índice de bullying na Capital motiva projeto de lei na Câmara

Da Redação

Um projeto antibullying começou a ser discutido na Câmara de João Pessoa nesta terça-feira (17). A vereadora Raíssa Lacerda (DEM), autora do projeto, ocupou a Tribuna para detalhar sua política que seria aplicada em escolas públicas e particulares da Capital. Segundo uma pesquisa publicada pelo IBGE, a Paraíba tem a capital com maior índice de estudantes agredidos.

A população-alvo da pesquisa foi formada por estudantes do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) de escolas públicas ou privadas das capitais dos estados. Durante a pesquisa, foi feita a seguinte pergunta aos estudantes: "Nos últimos 30 dias, com que frequência algum dos seus colegas de escola te esculacharam, zoaram, mangaram, intimidaram ou caçoaram tanto que você ficou magoado, incomodado ou aborrecido?”

No ranking das capitais com mais vítimas de bullying estão, nesta ordem, Brasília, com 35,6% dos estudantes se dizendo vítimas constantes da agressão, seguido por Belo Horizonte, com 35,3%, Curitiba, com 35,2%, depois vêm Vitória, Porto Alegre, João Pessoa, São Paulo, Campo Grande e Goiânia. Teresina e Rio Branco estão empatadas na 10ª posição.

A vereadora Raíssa Lacerda destacou, que a proposta tentará previr o problema por meio de cartilhas, seminários, palestras, debates e campanhas de conscientização. Para ela, com essas atividades, os professores, alunos e pais poderão se conscientizar e se unir para evitar esse tipo de prática.

A parlamentar pretende, caso seja necessário, realizar sessão especial com a presença de autoridades e especialistas da área, para discutir o projeto e analisar o tema. Em aparte, o vereador Zezinho Botafogo (PSB) lembrou que já existe uma lei de sua autoria que trata sobre a mesma questão. Ele ficou, inclusive, de encaminhar cópia a Raíssa, sugerindo que o novo projeto poderia complementar o primeiro, que já é lei.

O que é

O bullying compreende comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até fatos agressivos, sob forma verbal ou não, intencionais e repetidas, sem motivação aparente, provocado por um ou mais estudantes em relação a outros, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação.