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POLÍTICA

Paraibanos formam linha de frente da tropa de choque de Cunha

Três deputados paraibanos ganharam patente de destaque na tropa do presidente da Câmara: Hugo Motta e Manoel Júnior, do PMDB, e Wellington Roberto, do PR.

Publicado em 20/12/2015 às 8:00

Numa versão brasileira do filme 'Todos os homens do presidente', que trata do escândalo de Watergate, ocorrido nos Estados Unidos, em 1972, temos na Câmara dos Deputados a tropa de choque do presidente da Casa, Eduardo Cunha, que responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. Na linha de frente estão deputados de seis partidos (PSC, SD, PTB, PSD, PR e PMDB), que em todas as reuniões se revezam na tentativa de inviabilizar o andamento do processo.

Entre os aliados de Cunha estão três deputados da Paraíba: Hugo Motta (PMDB), Manoel Junior (PMDB) e Wellington Roberto (PR). Os dois últimos têm uma atuação destacada no Conselho de Ética. Manoel Junior, por exemplo, costuma levantar questões de ordem durante os trabalhos como forma de adiar ao máximo o andamento do processo. Foi ele que apresentou recurso contra a permanência do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) na relatoria do processo.

Pinato caiu e em seu lugar foi escolhido o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que na última reunião do Conselho, realizada no dia 15 de dezembro, votou pela admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha. O parecer dele foi aprovado por 11 votos a nove. Na ocasião, o deputado Manoel Junior falou em anular a votação. “Eu gostaria de lembrar Vossa Excelência para que não cometa novamente um erro processual regimental e efetivamente torne nula essa sessão e aí alguém possa arguir, como tem muita coisa escrita, de que aqui está querendo se procrastinar”, disse.

Já o deputado Wellington Roberto quase que ia às vias de fato com o seu colega Zé Geraldo (PT-PA) numa das reuniões do Conselho. “Se pudéssemos apagar seria a melhor coisa que podíamos fazer”, desabafou o deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), presidente do Conselho de Ética, ao falar sobre o episódio. O deputado Zé Geraldo inclusive mudou de lugar na última reunião temendo apanhar do paraibano.

Os argumentos usados por Wellington Roberto e Manoel Junior, no trabalho de tentar salvar Eduardo Cunha, merecem destaque. O republicano cobrou solidariedade dos colegas no julgamento, alegando que os julgadores de hoje poderão ser os condenados de amanhã. Já Manoel Junior apela para o risco de que se cometa uma injustiça e que, apesar do vasto material apresentado pelo Ministério Público, não haveria elementos para comprovar a culpa de Cunha.

O presidente da Câmara é acusado perante o Conselho de Ética de ter mentido durante depoimento na CPI da Petrobras, quando afirmou que não tinha contas no exterior não declaradas à Receita Federal. Ele foi enquadrado no artigo 4º do Código de Ética, que prevê a perda do mandato quando o parlamentar presta informações falsas nas declarações do Imposto de Renda.

Também pesa contra ele o fato de estar sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no contexto da Operação Lava Jato. Na denúncia formulada pelo Ministério Público Federal, ele é acusado da prática dos crimes de corrupção passiva (duas vezes) em concurso material com o crime de lavagem de dinheiro.

Na última quarta-feira (16), o procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal, que Eduardo Cunha seja afastado do seu mandato parlamentar e, como consequência, da presidência da Casa. Segundo Janot, ele vem utilizando de seu cargo para interesse próprio e fins ilícitos. A medida é necessária para garantir a ordem pública. O Supremo Tribunal Federal anunciou que o caso só será apreciado após o fim do recesso do Judiciário.

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Jornal da Paraíba

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