Perícia chega ao presídio do Roger para identificar os mortos

Da Redação

Perícia chega ao presídio do Roger e identificação de mais três presos carbonizados tem início na tarde desta sexta-feira (23). Segundo o delegado Manoel Idalino, somente no fim da manhã cinco corpos foram retirados do presídio e aguardavam a chegada da polícia científica.

Idalino disse mais cedo que a demora em identificar os corpos dos mortos se dava por conta da greve da Polícia Civil que limita o número de peritos trabalhando. Por estarem menos carbonizados, dois dos cinco mortos foram identificados.

Eram Wilson Barbosa e Osias Marques de Sousa, presos provisórios que aguardavam julgamento. Idalino disse ainda que outros dois apenados teriam morrido no hospital. As principais causas da morte teriam sido queimaduras e asfixia devido à fumaça.

Confira fotos dos episódios ocorridos no Presídio do Roger

Mas, diferente da informação do delegado, a assessoria do Trauma informou, ao todo, 40 detentos foram levados para o Hospital de Emergência e Trauma, onde ocuparam toda uma ala, e que ninguém morreu. A Polícia Militar está fazendo a segurança do local com homens e cães.

Motivos da rebelião

Para o secretário de administração penitenciária, Roosevelt Vita, o motim teria sido motivado por causa da transferência do preso, Jackson Pereira da Silva para o PB-1. De acordo com ele, o tumulto de colocar fogo em colchões era somente para tirar a atenção dos policiais e facilitar uma ação no PB-1.

Desespero dos parentes

Muitos parentes se deslocaram até o Roger em busca de informações de familiares presos, mas acabaram se deparando com a falta de acesso à diretoria. O desespero é grande, principalmente porque muitas das vítimas ainda não foram reconhecidas. Outras pessoas preferiram ir diretamente ao Hospital de Emergência e Trauma, mas a unidade de saúde já informou que as visitas estão suspensas por hoje.