COTIDIANO
Roosevelt Vita diz que verbas federais são desprezíveis
Secretário menospreza verbas federais para auxílio na administração carcerária da Paraíba e diz que MP deveria se preocupar mais com educação e saúde.
Publicado em 28/10/2009 às 20:08 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:37
Maurício Melo
"As verbas federais enviadas para a administração de presídios na Paraíba são desprezíveis". A frase é do secretário Roosevelt Vita, da pasta de Cidadania e Administração Penitenciária da Paraíba, que minimizou o pedido de suspensão das verbas federais feito pelo Ministério Público Federal na Paraíba. Ele disse ainda que "aqui não é a Suiça, temos prisões, escolas e favelas caóticas".
Segundo ele, somando toda a verba de um ano daria para pagar o almoço da população carcerária na Paraíba por 14 dias. Ele ainda insinuou que o Ministério Público deveria se preocupar com a qualidade das escolas e da Saúde. "Falta merenda escolar e crianças são carregadas em paus-de-arara. E os hospitais são roletas russas", revelou.
Vita disse que tragédias podem acontecer em qualquer lugar e que as condições dos presídios paraibanos são precárias, mas que está entra as melhores do Brasil. "O défcite no sistema prisional da Paraíba é pequeno quando comparado ao do resto do país", disse. No entanto, independente da colocação neste ranking, o presídio do Roger deveria abrigar pouco mais de 300 detentos, mas tem quase 900.
Ele aproveitou a entrevista ao Paraíba1 para contar como tudo aconteceu no dia em que os presos atearam fogo nos colchões e cerca de 50 pessoas ficaram feridas e seis morreram. "Corredores apertados e o vento soprando contra não permitiram que as celas fossem abertas. Os agentes precisaram quebrar as paredes pelo lado de fora para salvar os detentos".
"Ministério Público deveria se preocupar mais com saúde e educação"
"Sistema prisional caótico, mas Paraíba está entre os melhores"
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