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VIDA URBANA

Faculdades discordam da avaliação

Publicado em 02/12/2011 às 8:00

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Para a direção da Faculdade Santa Emília de Rodat (Faser), em João Pessoa, a forma de avaliação adotada pelo MEC não retrata a realidade das instituições de ensino. “A avaliação é subjetiva e não leva em consideração critérios importantes, como o corpo docente, nem há visita in locus”, destacou o assessor jurídico da Faser, Celso Fernandes. A secretária de Ensino e Diretora Administrativa da faculdade, Ana Cristina Paulino, acrescenta que em 2007 a Faser teve conceito 3, o mesmo da Universidade Federal da Paraíba. “Além disso, ao abrirmos o curso de biomedicina, e recebermos a visita do MEC, tivemos um conceito satisfatório”, completa Ana Cristina.

A diretora-geral da Faser, Glória Uchoa, destacou ainda que a faculdade tem 55 anos de fundação e foi pioneira no ensino de enfermagem no Estado. “Somos uma instituição filantrópica, não nos comportamos como empresa e, por isso, não nos preocupamos com as aparências. Mas, ficamos surpresos com essa avaliação, que não condiz com nossa realidade”, disse. O assessor jurídico acrescentou ainda que a faculdade vai responder administrativamente ao MEC e, se necessário, questionar na Justiça o corte de vagas.

Já a Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-PB) divulgou que a nota do Enade usada como base para avaliação está defasada. Tanto a FCM como a Faser afirmaram que o descaso dos alunos com o Enade também foi um agravante. “No dia do Enade, estava havendo dois concursos de enfermagem no Estado. Muitos alunos só assinaram o formulário e não responderam corretamente para ir fazer o concurso”, disse Celso Fernandes. A reportagem tentou entrar em contato com as demais faculdades, mas não obteve resposta.

Os alunos da Faser acreditam que o Enade não retrata a realidade. “Não são todos os alunos que fazem a prova, são apenas alguns selecionados. Acho que nossa faculdade não teve sorte nessa seleção, já que sabemos que há muitos alunos realmente desinteressados”, disse George Augusto Reis, do 6º período de enfermagem. “Nosso ensino é de qualidade e muitos professores que ensinam aqui também estão na UFPB.

Infelizmente, nem todo aluno aproveita essa chance e faz o curso de qualquer jeito”, completa a estudante Paula Rafaela Souto.

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Jornal da Paraíba

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