POLÍTICA
Aliados e adversários dão o último adeus a Ronaldo
Políticos de todas as correntes partidárias foram ao Palácio da Redenção se despedir.
Publicado em 08/07/2012 às 8:00
Políticos de todas as correntes partidárias passaram ontem pelo velório de Ronaldo Cunha Lima no Palácio da Redenção, dentre eles os ex-governadores Wilson Braga, José Maranhão, Roberto Paulino e Cícero Lucena. Em suas falas, eles destacaram a importância de Ronaldo na política da Paraíba e do Brasil.
O ex-governador José Maranhão considerou a morte do líder uma perda muito grande para o cenário político da Paraíba. Os dois militaram por muitos anos no PMDB, mas romperam as relações políticas nas eleições de 1998. Maranhão disse que prefere lembrar Ronaldo pelos bons tempos que viveram juntos. “Ronaldo foi um político que se caracterizou por sua grande sintonia com as massas populares. O seu prestígio ainda perdura na memória e na consciência do povo da Paraíba”, disse Maranhão.
Para o ex-governador Wilson Braga, a morte de Ronaldo representa uma perda muito grande para a Paraíba, “porque Ronaldo foi um grande governador e um grande homem público, um intelectual de primeiríssima qualidade, um poeta, um homem que honrou a Assembleia Legislativa, honrou a Câmara dos Deputados e honrou o Senado”, destacou Braga, que na eleição de 1990 disputou o governo contra Ronaldo, sendo derrotado no segundo turno.
O presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Marcelo (PSDB), também lamentou a morte de Ronaldo. “Ele foi o político mais completo que a Paraíba teve até hoje”, frisou. Já o ex-governador Roberto Paulino disse que a cidade de Guarabira perde muito com a morte de um dos seus filhos mais ilustres. “Eu sempre tive por Ronaldo o maior respeito e o maior carinho. Compartilhamos juntos diversas caminhadas históricas, como na redemocratização do país e quando o PMB sucedeu o MDB”, ressaltou Paulino.
Além da classe política, o velório teve a presença marcante de populares, que fizeram fila em frente ao Palácio da Redenção para dar o último adeus a Ronaldo. Uma senhora fez questão de levar um calendário de pagamento do funcionalismo público instituído por Ronaldo na época em que foi governador da Paraíba. Já o sargento Marcone, da Polícia Militar, fez um verso em homenagem ao líder político. “Foi-se o poeta, ficou a poesia. Foi-se o governo, ficou sua história”, recitou.
Comentários