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VIDA URBANA

Melhoria de renda leva alunos para rede privada

Número de matrículas nas escolas públicas diminui na Paraíba.

Publicado em 26/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/07/2023 às 12:38

No ano passado, as matrículas em colégios privados cresceram na Paraíba, enquanto que a quantidade de alunos em escolas públicas diminuiu. É o que revelam dados oficiais do Censo da Educação Básica 2013, divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com o documento, em 2012, o Estado teve 165.172 estudantes em estabelecimentos particulares. Já em 2013, esse total subiu para 179.646. O salto foi de 8,76%.

No ensino público, ocorreu o inverso. Em 2012 eram 878.695 alunos. Já no ano seguinte, foram 864.364. A queda foi de 1,63%. Os números ainda mostram que as matrículas em estabelecimentos mantidos pelo governo estão recuando desde 2010, ano em que havia 928.567 estudantes. Em 2011, eram 899.848. No ano seguinte, o número baixou para 878.695 e, por fim, chegou a 864.364 em 2013, o que significa uma redução de 6,91% no período.

Por sua vez, a evolução das matrículas das escolas particulares entre 2010 (quando foram registradas 148.421 matrículas)e 2013 revelou um crescimento de 21,03%.

Para o pesquisador e economista Cláudio Rocha, membro do Conselho Regional de Economia da Paraíba (CRE-PB), os números são reflexos da melhor distribuição de renda no Brasil.

Ele explica que, nos últimos 10 anos, a renda do trabalhador e o nível de emprego têm crescido no país. Com isso, houve migração de pessoas de baixa renda para o grupo daqueles com renda média.

“Cerca de 19 milhões de pessoas saíram da classe baixa para a média. Isso fez com que as pessoas passassem a consumir produtos que não usavam antes e contratassem serviços que não contratavam antes. Entre esses serviços está o da educação. Quem tinha filhos na escola pública, os passou para a privada”, avaliou.

Já a para a doutora em sociologia e coordenadora do Curso de Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba, Maria Socorro Nascimento, ainda existem outros fatores para o crescimento das matrículas em escolas privadas. Segundo ela, a culpa é de uma espécie de propaganda negativa criada em torno do ensino público.

“Tem muita gente que entende que a escola pública deve ser necessariamente de péssima qualidade e que o filho matriculado nela não terá futuro algum. Por isso, as pessoas fazem um sacrifício imenso de colocar os filhos na escola particular, que, às vezes, nem é de boa qualidade”, observa.

Apesar de admitir que a escola mantida pelo governo possui dificuldades, a pesquisadora avalia que o ensino oferecido pelo poder público pode ser de boa qualidade. “Bons profissionais existem nos setores públicos e privados. Assim também como pessoas descomprometidas, que estão nos dois setores. Mas no setor público um profissional descomprometido ganha notoriedade maior. Isso macula um pouco o trabalho”, declara.

“Mas encontramos escolas públicas com qualidade elevada, com gestores comprometidos e que, apesar das dificuldades, conseguem desenvolver os trabalhos”, acrescenta.

PB TEM 1,04 MI DE ALUNOS

Segundo o Censo, em 2013, a Paraíba apresentou a quinta menor quantidade de alunos matriculados no ensino básico, que compreende a educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental. Ao todo, o Estado inscreveu 1.044.010 estudantes no ano passado em estabelecimentos de ensino públicos e privados. O número é só 0,1% maior em relação aos 1.043.867 inscritos em 2012.

A Paraíba e o Maranhão (que passou de 2.134.469 matrículas para 2.135.095) foram os únicos Estados nordestinos que apresentaram crescimento no número de matrículas entre os dois anos. Houve queda no total de inscrições no Piauí (de 949.815 para 928.064), Ceará (2.385.737 para 2.327.440), Rio Grande do Norte (894.366 para 890.265), Pernambuco (2.426.571 para 2.385.857), Alagoas (946.004 para 914.492), Sergipe (581.931 para 575.643) e Bahia (3.865.067 para 3.767.970).

A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Educação (SEE) para comentar o resultado do Censo, mas não obteve êxito. As tentativas de contato foram feitas por meio de ligações telefônicas e de envio de email à assessoria de imprensa, mas o setor não atendeu às ligações e nem retornou as mensagens.

A titular da pasta, Márcia Lucena, também foi procurada, mas não atendeu a nenhum telefonema.

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Jornal da Paraíba

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