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ECONOMIA

Soluções e-commerce são tímidas

Apesar desse mercado crescer em ritmo acelerado no país, ainda é difícil encontrar empresas de tecnologia que forneçam o serviço no Estado.

Publicado em 16/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:18

A oferta de soluções em comércio virtual, mais conhecido como e-commerce, parece caminhar a passos curtos na Paraíba.

Apesar desse mercado crescer em ritmo acelerado em todo o país, ainda é difícil encontrar empresas de tecnologia que forneçam o serviço no Estado, obrigando o varejista paraibano a buscar por soluções em outras Unidades da Federação e até mesmo no exterior.

A empresária Marisa Sampaio, proprietária da Afrodite Sexy Store, disse já ter buscado o serviço, mas diversos obstáculos impedem que ela forneça aos seus clientes essa opção de compra. “O empresário sabe a força que tem o mercado virtual e quer colocar seus produtos na internet, mas nem sempre é fácil. Nós mesmo já montamos toda a estrutura da loja, mas não conseguimos colocar para rodar porque não conseguimos empresas que forneçam a solução”.

De acordo com a empresária, a dificuldade maior é encontrar uma empresa que forneça soluções de qualidade no Estado e as opções em outras regiões se tornam inviáveis. “O que estamos querendo é uma empresa de tecnologia que nos ofereça confiança que seu sistema não vai falhar. Aqui na Paraíba não encontramos nenhuma e as empresas de fora são muito caras. Somos muito criteriosos com a qualidade e para montar um serviço que vai ser falho é melhor não montar”, disse.

A proprietária da loja ressaltou a importância em se investir em empresas que ofereçam tecnologia e-commerce de qualidade. “Se o cliente busca comprar pela internet é porque ele não quer ter trabalho. Como não encontramos um serviço eficiente, preferimos não montar, para evitar dores de cabeça ao consumidor”, disse Marisa Sampaio.

Conforme a gestora do projeto Farol Digital do Sebrae, Daniele Raposo, o órgão tem oferecido diversas opções que visam preparar e auxiliar quem deseja ingressar no comércio online. “O Sebrae vem trabalhando nisso há dois anos através de um programa chamado Ponto Com. Esse projeto está obtendo bons resultados e a adesão de várias empresas. É uma inovação para os pequenos negócios, pois conta com profissionais e empresas desenvolvedoras da Paraíba credenciadas, além de toda a expertise e tecnologia à disposição. Fazemos a implantação, o acompanhamento e também subsidiamos 50% do valor total do investimento”, destacou.

Uma das empresas que oferecem o serviço na Paraíba é a Qualitare, que há cerca de cinco anos atende consumidores de todo o país. O presidente da empresa, Juarez Batista, disse que a busca por esse serviço só cresce no Estado.

“Existe uma demanda grande na área do e-commerce, sobretudo na área da construção civil. Mas cada cliente tem uma demanda diferente. O consumidor pode querer montar uma loja virtual tanto para vender seus produtos para os consumidores de uma forma geral, como também para o segmento do 'business to business', onde uma empresa vende seus produtos para outras empresas”, disse Juarez Batista.

Independente do perfil do consumidor, as plataformas de E-Commerce demandam um trabalho cuidadoso, já que, além de estar em constante comunicação com as lojas físicas, para que os dados sobre estocagem estejam sempre atualizados, o processo criativo envolve diversos setores. “É uma criação do zero, como uma folha em branco mesmo. É um trabalho que envolve em primeiro plano o setor de criação, programação e layout, que são os responsáveis por dar vida ao produto”, explicou o presidente da Qualitare.

Dentro da infraestrutura montada pela equipe, está também o contrato com as operadoras de cartão. Toda a tecnologia de compra e segurança de dados é fornecida pela empresa, que já deixa a página do cliente pronta para ser utilizada, conforme explicou Juarez Batista. “O consumidor pode optar por contrato com a operadora do cartão de crédito ou através de serviços de PagSeguro”.

Terminada a estrutura visual e operacional da loja, entra em cena o setor de comunicação da empresa. Já criada, a loja virtual precisará ser promovida, para que os clientes possam ter conhecimento das vendas online. “Outra vertente é a divulgação. Não adianta ter o e-commerce no ar, é preciso dar o giro. Através da divulgação online a gente faz esse trabalho”, disse.

VENDAS ONLINE VIVEM EXPANSÃO

Enquanto o comércio físico apresentou crescimento de 3,8% no volume de vendas este ano, segundo última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de pedidos feitos via web aumentou 20%, chegando a 35,54 milhões no primeiro semestre do ano. Nos seis primeiros meses do ano, o setor teve faturamento nominal de R$ 12,74 bilhões, segundo dados da E-bit, consultoria responsável por estudos sobre o mercado da tecnologia no país, com ticket médio de R$ 359. A pesquisa aponta ainda que 85,96% dos consumidores mostraram-se satisfeitos com as aquisições.

Dentro dos produtos mais pedidos, a categoria “Moda & Acessórios”, que já vinha ganhando posições no ranking das mais vendidas, se firmou na primeira posição, com 13,7% do volume de pedidos. Em seguida estão “Eletrodomésticos” (12,3%), “Cosméticos e Perfumaria/ Cuidados Pessoais/ Saúde” (12,2%), “Informática” (9%) e “Livros/ Assinaturas e Revistas” (8,9%).

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Jornal da Paraíba

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