COTIDIANO
Onda de assaltos nas Nações assusta moradores
Moradores do bairro das nações em Campina Grande estão deixando suas casas e se mudando devido a onda de assaltos e invasões.
Publicado em 25/11/2011 às 6:30
O bairro das Nações, área nobre de Campina Grande, costumava ser lembrado como um local tranquilo. Mas, essa imagem está mudando devido a onda de assaltos registrada pela polícia e muitos moradores já estão trocando suas casas por condomínios fechados. A vítima mais recente foi uma mulher de 51 anos que teve a casa invadida na última quarta-feira e ficou por mais de uma hora como refém dos bandidos.
O crime aconteceu por volta das 15h quando Maria Verônica Moraes Monteiro se preparava para levar a filha de 21 anos à faculdade. A dupla de assaltantes chegou numa moto Honda Pop de cor laranja e aproveitou um descuido dos moradores, que deixaram a porta da garagem aberta, para invadir o imóvel e render as vítimas. Eles roubaram R$ 1,5 mil em dinheiro, joias, um notebook e uma câmera.
No dia anterior, uma empresária de 60 anos também foi assaltada numa ação semelhante há apenas três quarteirões do último alvo dos ladrões. Quatro homens em duas motos renderam a vítima, invadiram a casa na rua Frei Damião de Bozzano e roubaram joias e dinheiro. A casa invadida está localizada numa área de pouca movimentação, com muitos terrenos baldios e algumas casas abandonadas e com placas de venda. A área tem várias rotas de fuga, o que dificulta o trabalho da polícia, já que a rua dá acesso a uma propriedade rural e fica próxima à comunidade do Louzeiro, cercada por sítios.
De acordo com Rubens Brito, morador do bairro das Nações há cinco anos, as casas que ficam nos pontos mais afastados e de frente para a mata do Louzeiro são as mais afetadas. “Já tem muita casa abandonada por lá e tem muita gente colocando placa de venda e deixando as casas fechadas. Quanto mais afastada a rua da casa, maior está sendo a desvalorização dos imóveis”, relata. Ele próprio admite que comprou a casa onde mora abaixo do preço de mercado. A antiga dona era uma médica que decidiu se mudar após ter a casa invadida.
Os poucos comerciantes do bairro também já sentem a saída dos clientes. “Tem muita gente deixando o bairro e indo morar em condomínio. Eu mesmo já tive minha padaria assaltada duas vezes e tive de colocar grades”, relatou Ronaldo Bosco.
A reportagem procurou o 2º Batallhão da Polícia Militar para falar sobre as rondas na área, mas não encontrou os responsáveis.
Comentários