ECONOMIA
Procura por medicamentos genéricos cresce 29,92% na Paraíba
Em julho a participação destes medicamentos no mercado paraibano foi superior à média nacional.
Publicado em 29/07/2015 às 8:00
O consumo de remédios genéricos está expandindo na Paraíba. Segundo um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) neste mês de julho a participação destes medicamentos no mercado paraibano foi de 29,92%, maior quase dois pontos percentuais se comparado ao mesmo período do ano passado (28%) e superior à média nacional (28,6%) registrada este ano.
O estudo da PróGenéricos foi realizado com base nos dados do IMS Health, instituto que audita as vendas do setor no Brasil e no mundo. O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de João Pessoa, Hebert Almeida, afirmou que não tem dados estatísticos do consumo de genéricos, mas avaliou que o preço mais atrativo, a grande disponibilidade no mercado e a qualidade reconhecida favorecem a aceitação por parte dos paraibanos.
“Em tempos de crise a gente tem que ter jogo de cintura para atender da melhor forma o cliente. Então os donos de farmácia pesquisam preço entre seus fornecedores para repassar o menor custo aos consumidores”, afirmou Hebert Almeida.
A presidente executiva da PróGenéricos, Telma Salles, afirmou que por conta da crise, o consumidor brasileiro está em processo de substituição de produtos de marca pelos genéricos, que custam obrigatoriamente 35% menos que os outros produtos e em alguns casos podem sair até 65% mais barato.
“Os sinais negativos da economia têm freado o consumo das famílias. Nesses períodos, historicamente, o genérico vem cumprindo seu papel social que é o de garantir o acesso a medicamentos, item essencial na vida de qualquer pessoa”, declarou.
BRASIL
Os genéricos apresentaram crescimento de 24,6% nos primeiros seis meses deste ano. Neste período, foram movimentados R$ 9,1 bilhões este ano contra R$ 7,3 bilhões no mesmo período de 2014. Em volume, os genéricos bateram a marca de 467,3 milhões de unidades vendidas (caixinhas de medicamentos), apresentando crescimento de 12,3% em relação a 2014, quando foram vendidas 415,9 milhões.
Saiba mais
O Brasil ocupa a sexta posição no ranking entre os maiores mercados farmacêuticos do mundo. Entre janeiro e junho deste ano, a venda de medicamentos movimentou R$ 36 bilhões, o que representa um crescimento de 16,6 % em relação aos R$ 30,9 bi movimentados no ano passado em igual período.
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