VIDA URBANA
Acusado de matar namorada em 'acidente' vai a júri
Câmara Criminal negou recurso de João Arthur Canuto Alves.
Publicado em 10/08/2016 às 9:20
O jovem João Arthur Canuto Alves, acusado da morte da namorada Nayara Ellen Dias, vai a julgamento no Tribunal do Júri da comarca de Campina Grande. O recurso criminal contra a sentença que o pronunciou pelo crime de homicídio qualificado, foi negado, por unanimidade, durante sessão ordinária da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, realizada na terça-feira (9).
O crime aconteceu no dia 7 de março de 2015 no Viaduto Elpídio de Almeida, no Centro de Campina Grande. Arthur conduzia um veículo de sua propriedade e bateu, propositalmente, na motocicleta que estava sendo pilotada por Nayara Ellen, que na época tinha 17 anos, causando ferimentos que a levaram à morte.
Ainda conforme o processo, horas antes do crime, o réu e a vítima estavam juntos com um casal de amigos bebendo em um bar. Em seguida, João Arthur pegou o carro e passou a perseguir a vítima, proferindo ameaças contra ela. Ao chegar na rotativa do viaduto, o réu jogou o carro contra a moto da vítima, fazendo com que ela colidisse lateralmente com um ônibus que trafegava pela via.
Em sua defesa João Artur alega que a sentença de pronúncia atacada merece reforma para reconhecer a absolvição sumária ou a desclassificação do delito para a modalidade culposa, quando não houve a intenção de matar. Alega ainda o recorrente que o conjunto probatório não apresenta indícios suficientes que o liguem à prática criminosa.
Ao proferir o voto o desembargador Márcio Murilo, relator do caso, lembrou que eventuais dúvidas porventura existentes, nessa fase processual do júri, pendem sempre em favor da sociedade. “Reconhecendo-se assim a materialidade e os indícios de autoria do delito de homicídio qualificado, bem como não estando provados, de plano, a ausência da intenção de matar, deve o recorrente ser pronunciado e submetido ao Conselho de Sentença”, ressaltou o desembargador-relator.
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