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ESPORTES

Murer quer ser a 2ª a superar os 5m

Apesar de ter iniciado recentemente a sua preparação, a saltadora estabeleceu uma meta pessoal.

Publicado em 02/12/2011 às 8:00

Já com o pensamento voltado para 2012, apesar de ter iniciado recentemente a sua preparação, a saltadora estabeleceu uma meta pessoal que, segundo ela, é garantia de pódio em Londres: atingir a marca de 5 metros, que foi alcançada apenas por Yelena Ysenbayeva, no Mundial de Zurique, em 2009 – saltou 5,06m na época.

Para isso, Murer vai contar com uma ajuda extra. Trata-se do Núcleo Esportivo de Alto Rendimento (NAR), inaugurado no dia 21 deste mês, em São Paulo. Com uma estrutura pioneira no Brasil, o centro de excelência é a esperança da saltadora para fazer o sonho da medalha olímpica se tornar realidade.

– É uma iniciativa considerável para o esporte brasileiro em geral. Vai representar a melhoria de toda a estrutura. E, falando no meu caso especificamente, é uma evolução muito boa, já que é a primeira pista coberta do Brasil e um local onde vou poder ter uma análise específica da minha técnica, dos treinamentos, entre outros aspectos. Mais centros como esse, sem dúvidas, farão com que o nosso país se torne uma potência olímpica.

De acordo com as primeiras análises realizadas pelo NAR, a desvantagem da brasileira é a sua velocidade durante a corrida para fazer o salto. Com uma média de 29km/h, ela ainda está um pouco abaixo dos 30km/h alcançados por Ysenbayeva e os 31km/h de Jennifer Stuczynski.

Os estudos apontam que Fabiana precisa aplicar a maior quantidade possível de força em cada passada. No NAR, sensores fotoelétricos colocados na lateral da pista medem sua velocidade. Um tapete especial, sensível ao contato, mede por quanto tempo o pé da atleta permanece junto ao solo.

Com os resultados dos testes, a equipe do núcleo pode determinar as cargas necessárias nos treinamentos de força e nos exercícios com equipamentos específicos para o salto com vara, como a plataforma de salto. Quem explica todo o processo é um dos idealizadores do projeto e diretor técnico do NAR, Irineu Loturco.

- O que buscamos são dados objetivos, como velocidade, tempo de movimento e outros parâmetros que são imperceptíveis a olho nu. Independente da modalidade, podemos tornar qualquer atleta mais potente, mais rápido ou mais forte, dentro dos limites genéticos e da necessidade que o esporte praticado exige.

(A reportagem viajou para São Paulo a convite do Pão de Açúcar)

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Jornal da Paraíba

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