icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Um pancadão tropicalista experimental

Com produção e composição de Caetano Veloso, Gal Costa lança novo disco e programa turnê nacional com incio em março de 2012.

Publicado em 03/12/2011 às 6:30


"O disco é meu trabalho composicional de agora. Quis fazê-lo com o som da voz dela. Não se tratava de meramente relembrar o passado de Gal, mas de produzir com ela uma peça que fosse forte como expressão atual e, assim, estivesse à altura do nosso histórico", define Caetano Veloso sobre produzir e compor para o novo disco de Gal Costa, que será lançado na próxima semana, no dia 6.

A cantora não lançava um álbum desde Hoje (Trama, 2005), quando soprou as velas do seu sexagenário ano.

Diferente de músicas que já cantou, Caetano não está 'sozinho': chamou seu filho (e afilhado de Gal), Moreno Veloso, para produzir Recanto (Universal Music) a quatro mãos.

"Caetano mandava para Moreno e Moreno mandava para mim, via MP3 e computador", lembra Gal sobre o começo da produção. "E depois que as canções chegaram a mim, Moreno veio, nos encontramos e começamos a tirar a tonalidade das canções. E, com ele, comecei a aprender melhor as músicas, que estava aprendendo ouvindo Caetano cantar."

A robustez e toque de atualidade que Caetano definiu sobre Recanto residem no tratamento predominantemente eletrônico das suas onze faixas. A ideia veio em terras além-mar, quando Gal fez uma apresentação em Portugal e Caetano ficou maravilhado.

Para concretizar tais bases eletrônicas na cabeça do compositor, Moreno então indicou um 'mago' dos estúdios, Kassin.

"Para fazer um contraponto, (Kassin) chamou o Rabotnik, que é uma banda experimental muito boa, a Duplexx, que é uma dupla bem diferente, experimental e muito boa também", destaca Moreno. "Então ele ficou com esse pessoal no Rio de Janeiro enquanto eu ficava na Bahia ao lado de Gal para a gente conseguir concretizar essa porção de sonhos de teor artístico que vinha fluindo na cabeça do meu pai através desse show."

BASES DURAS E TOSCAS
Caetano e Kassin trocaram figurinhas melódicas, onde demonstrou seu fascínio pelos dribles rítmicos do hip hop ao programador. "Em 'Recanto escuro' ele criou ilusões auditivas que têm o mesmo efeito que as levadas equívocas do rap mais inventivo", aponta.

Gal ficou confortável com os experimentalismos do disco. "Eu acho até bom, saudável, instigante. Mesmo colocar a voz guia naquelas bases duras, toscas, para uma cantora, cantar aquilo era bom", confessa.

"Ela tem identidade com base dura", analisa Caetano. "As canções foram virando elas mesmas através da voz da Gal com bastante organicidade."

Até as batidas do funk ala Bonde do Tigrão estão presentes em músicas como ‘Miami maculelê’ (com participação do próprio Caetano). “Não queria deixar de fazer uma referência ao funk carioca, que é uma força criadora”, frisa o compositor. “Esta foi a única faixa que usamos o autotune na voz dela, o tempo todo.”

Outro exemplo é o toque joaogilbertiano de ‘Tudo dói’, a primeira música que Caetano compôs para o disco, onde a voz dela acompanha em uníssono os elementos eletrônicos de Kassin.

Após o lançamento, Gal pretende colocar o repertório na estrada, com uma turnê prevista para março. “Com o lançamento desse disco todo, em mim, gera uma certa ansiedade. Porque aqui no Brasil eu não canto há muito tempo.”

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp