VIDA URBANA
Confiança do consumidor aumenta pelo segundo mês
Pesquisa mostra que consumidores da Região Metropolitana de João Pessoa saíram da área do 'pessimismo'.
Publicado em 29/06/2016 às 14:29
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Região Metropolitana de João Pessoa apresentou aumento pelo segundo mês consecutivo, de acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio Paraíba. O número registrado em junho representa uma alta de 2,96% em relação a maio, passando de 97,31 pontos para 100,19 pontos. Com isso, o ICC ultrapassou a fonteira de 'pessimismo' do consumidor - já que a escala utilizada pela pesquisa vai de 0 (total pessimismo) a 200 (total otimismo).
Em comparação com junho de 2015, o ICC também apresentou aumento, de 1,89%. Com este resultado, o ICC interrompe três anos e meio de quedas consecutivas nesta mesma base de comparação e registra a primeira alta de confiança desde janeiro de 2013.
O presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros, ressalta que o aumento do índice, entretanto, não significa necessariamente um aumento do consumo das famílias. "O quadro econômico ainda apresenta inflação alta, desemprego e juros elevados. Além desses fatores, a renda da maioria dos consumidores ainda está bastante comprometida”, ponderou.
Na avaliação por gênero, os homens foram os que mais aumentaram a confiança, com uma expansão de 3,02%, atingindo 99,28 pontos. Com as mulheres, a alta foi de 2,88%, registrando 100,99 pontos. Em relação ao estado civil, a maior alta foi registrada entre os casados ou em união estável, com 3,73%. Em relação à escolaridade, os consumidores que possuem ensino médio completo registraram a maior elevação, com 4,27%. Já na análise por renda, a maior alta foi de 3,87% registrada pelos que ganham entre cinco e sete salários mínimos.
Condições Atuais e Expectativa do Consumidor
O Índice de Confiança do Consumidor é composto por dois subindicadores: o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que apura a confiança do consumidor em relação à sua situação atual, e o Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), que mede o sentimento do consumidor em relação à sua situação futura. Em junho de 2016, tanto o IEC quanto o ICEA apresentaram alta na comparação com o mês anterior, com aumentos de 3,97% e 1,57% respectivamente.
Em relação à situação futura da família, o percentual de entrevistados que avaliaram como 'melhor' subiu de 50,00%, em maio, para 59,65% em junho. Por outro lado, o percentual dos que avaliaram como 'pior' a situação futura da família caiu de 21,16% para 12,57% no mesmo período. Já na avaliação dos consumidores considerando a situação atual, a parcela que avaliou como 'melhor' a atual situação familiar subiu de 18,56%para 19,28%. Ainda neste mesmo período, a parcela de consumidores que julgaram como 'pior' a atual situação da família caiu de 43,04% para 42,67%.
Quanto à avaliação dos consumidores em relação à estabilidade de seus empregos, a parcela de entrevistados que se sentiram 'seguros' ou 'extremamente seguros' subiu de 34,43% em maio para 39,19% em junho. E o percentual que se sentiram 'nada seguro' ou 'um pouco seguro', em relação à estabilidade de seus empregos, caiu de 52,79% para 47,65%.
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