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ECONOMIA

Jovens solteiros e idosos têm dificuldade para adquirir imóvel

Sem programas específicos, idosos e jovens solteiros têm taxas mais altas, prazo de financiamento menor e seguros mais caros.

Publicado em 20/07/2014 às 8:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:05

Para idosos e jovens solteiros em início de carreira, adquirir um imóvel financiado não é tão fácil quanto para quem se encaixa em programas governamentais. Sem direito a subsídios do Minha Casa Minha Vida (MCMV), sujeitos a altas taxas e – no caso dos idosos – pouco tempo para parcelar, pessoas desses estratos não contam com linhas específicas de financiamento junto aos bancos. Quem tem renda acima entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil e um padrão de vida médio tem de arcar com prestações de ricos.

O advogado e engenheiro mecânico Giordano Mouzalas, 35, trabalha em um escritório que leva o nome da família. Quando regressou a João Pessoa há cerca de dois anos, voltou a morar com os pais e apenas este ano resolveu adquirir um apartamento próprio. Mesmo com uma renda considerável, escolheu um imóvel em um dos bairros mais caros da capital, próximo à residência dos parentes.

“Já tenho mais de 30% do valor da entrada, mas há três meses estou tentando obter o financiamento junto ao banco”, afirma.

Solteiro, Mouzalas faz parte de um grupo com dificuldades particulares para obter o financiamento. Não possui direito a subsídios do MCMV, tem um alto padrão de vida e não conta com um cônjuge para somar a renda e arcar com uma prestação maior. Outro perfil de cliente que sofre para obter recursos que financiem seu saldo devedor com imóveis são pessoas com 65 anos ou mais: isso porque a soma da idade do mutuário com o prazo do financiamento não pode passar de 80 anos e seis meses.

“Além disso, o seguro aumenta muito no caso desses clientes. Geralmente o reajuste ocorre a cada 15 anos, mas no caso de pessoas mais idosas, o prazo cai para cinco anos”, afirma a corretora independente Simone Regina.

Não há regra ou lei que preveja um tratamento diferenciado para clientes dependendo da idade; o único critério é para as faixas de renda, no caso do MCMV. Para quem ganha mais do que o necessário para se encaixar no programa de subsídios, a solução é negociar com os bancos e avaliar as taxas – sobretudo o Custo Efetivo Total (CET). Já para os aposentados, que vivem com um teto previdenciário máximo de R$ 4.390,24, não há o que ser feito.

De acordo com a corretora Cinata Cordeiro, há clientes que tiveram o financiamento reprovado mesmo com uma renda mensal acima de R$ 10 mil porque já tinham outro imóvel sendo financiado, ainda que as duas prestações, juntas, não comprometessem 30% da renda. “Há problemas também com distratos [cancelamento de contratos], porque as pessoas compram os imóveis na planta, pagam as prestações da poupança, mas na hora de assinar, as prestações ficam maiores do que o previsto”, explica.

OUTRO COMPLICADOR
Em junho, o Ministério das Cidades ratificou a resolução 4.271 do Banco Central, que aumenta o valor da entrada para imóveis novos de 5% para 20% do total – o montante pode ser reduzido para 10%, caso o comprador opte pelo Sistema de Amortizações Constantes (SAC). Mas, dependendo das condições do cliente – se possui ou não FGTS, se quer iniciar um relacionamento com o banco, dentre outras – a entrada necessária pode chegar a 50%.

“Nesses casos não tem muito o que fazer, é preciso pesquisar os bancos com as melhores taxas, sejam públicos ou privados.

Como os financiamentos para imóveis são valores altos, o grande vilão é a taxa”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Mutuários e Moradores (ANMM), Décio Esturba.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci/PB), Jarbas Araújo, conta que a celeridade e a liquidez de negociações imobiliárias de valores acima de R$ 150 mil se dão principalmente por meio de financiamento bancário. “E ainda tem uma burocracia ampla e complicada para que o comprador alcance o seu crédito”, revela.

Um financiamento de R$ 200 mil pelo simulador da Caixa Econômica Federal (CEF) requer um valor de entrada que varia entre R$ 98 e R$ 113 mil, para um jovem na faixa etária dos 30 anos com uma renda de R$ 3,5 mil. Para uma pessoa com pouco mais de 65 anos de idade, a situação é pior: além de a entrada ser de aproximadamente R$ 138 mil, o Custo Efetivo Total (CET) – que abarca tarifas, tributos, seguros e outras despesas – sobe de 10,26% para 15,55%. O seguro é o que tem a alta mais severa: para mutuários com 30 anos de idade, o encargo é de 3,86%; para quem tem mais de 65 anos, de 23,5%.

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Jornal da Paraíba

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