Chuvas devem ocorrer só de forma isolada

O volume de chuvas, que no último final de semana ficou acima do esperado em vários municípios paraibanos, já começou a diminuir, e da última segunda-feira para ontem a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) registrou ocorrência de precipitações em apenas 22 localidades, número bastante inferior ao que foi verificado no último final de semana.

De acordo com a meteorologista Marle Bandeira, da Aesa, as ocorrências chuvosas do fim de semana não devem se repetir com a mesma intensidade nos próximos dias. Ela observou que as precipitações já reduziram significativamente nas últimas 48 horas e os volumes registrados já ficaram muito abaixo do que os que foram verificados entre sábado e domingo. “O que deve acontecer são algumas chuvas isoladas, mas não tão intensas, em alguns municípios do Sertão”, disse.

A maior precipitação das últimas 48 horas foi registrada no município de Brejo dos Santos (no Sertão paraibano), onde choveu 15,2 milímetros. Pelos registros da Aesa, nesta mesma localidade havia chovido 96,6 no domingo passado. Em cidades do Sertão do Estado onde choveu consideravelmente no final de semana, a exemplo de Paulista, que chegou a registrar 146 milímetros, não choveu nos últimos dois dias.

Além de Brejo dos Santos, entre segunda e terça-feira ocorreram chuvas em Passagem (14,8 mm), Tenório (12,2 mm), Patos (10,2 mm), Aparecida (7,3 mm), Salgadinho (7,2 mm), São José do Sabugi (5,8 mm), Matinhas (5,5 mm), Aguiar (5,2 mm), Sousa (4,5 mm), Marizópolis (4,4 mm), Cabedelo (3,7 mm), Santa Luzia (2,2 mm), Malta (2,0 mm), Belém do Brejo do Cruz (2,0 mm), Catolé do Rocha/Escola Agrotécnica (1,0 mm), João Pessoa (1,0 mm), São José do Brejo do Cruz (0,9 mm), Campina Grande (0,6 mm), Catolé do Rocha (0,4 mm), Areia (0,3 mm) e Mato Grosso (0,2 mm).

AESA MONITORA VÓRTICE CICLÔNICO

A Aesa está monitorando o vórtice ciclônico de alto nível que provocou chuva de granizo em três cidades paraibanas no último domingo. O fenômeno meteorológico continua atuando sobre o Nordeste e pode voltar a transformar a precipitação em pedras de gelo no interior do Estado. De acordo com Marle Bandeira, mesmo sendo considerada um fenômeno raro, a chuva de granizo pode se repetir, principalmente em dias quentes e com bastante umidade.

“Não há como prever com exatidão quando e onde as chuvas de granizo vão acontecer. Mas, no caso da Paraíba, as condições meteorológicas continuam favoráveis devido à persistência da atuação do Vórtice Ciclônico em Altos. O VCAN, como é conhecido, poderá gerar instabilidade e ocasionar precipitações isoladas nas regiões do Estado”, explicou. Na tarde do último domingo, o fenômeno foi registrado pela Aesa nas cidades de Juazeirinho, Riacho de Santo Antônio e Caraúbas, na região da Borborema.