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CULTURA

Assassinatos nas molduras

Obras da artista visual Marcela Tiboni poderão ser vistas até o dia 30 de dezembro, em exposição na galeria Archidy Picado. 

Publicado em 06/12/2012 às 6:00


Pintura e fotografia travam um duelo hipotético na exposição Crimes Passionais, que estará aberta à visitação gratuita a partir de hoje, na galeria Archidy Picado do Espaço Cultural, em João Pessoa. As obras da artista visual paulista Marcela Tiboni podem ser vistas diariamente até o dia 30 de dezembro, das 8h às 18h.

A exposição apresenta onze peças, entre fotografias e reproduções, nas quais a própria Tiboni é 'assassina' personagem de telas pintadas entre os Séculos 14 e 15. O confronto entre o antigo e contemporâneo presente na montagem representa uma ruptura entre a artista e sua relação com a pintura.

“Até os 17 anos eu nunca tinha posto os pés em um museu. Isso só aconteceu depois que entrei na graduação em Artes Plásticas.

Essa apresentação tardia deu origem a um fascínio meio exagerado. Eu me envolvi muito e passei a estudar as pinturas e querer aquilo para mim”, relata Marcela Tiboni.

A paixão, entretanto, não foi suficiente para fazê-la pintora. “Tive muitas aulas, mas não conseguia passar para a tela os meus anseios. Era como se eu, destra, possuísse duas mãos esquerdas. Depois descobri que a fotografia correspondia melhor às minhas ideias, vi que ela poderia ser um instrumento mais eficaz para me expressar”.

Após residências artísticas em vários países, a paulista revela que estabeleceu um vínculo forte com a arte europeia, mas que pretende dar início a um novo ciclo de experimentos. “Passei os últimos dez anos me dedicando a estudar essas pinturas e senti que estava na hora de ‘matar’ esse antigo amor. Assim foi concebida a exposição Crimes Passionais. É minha tentativa de romper com essa relação que já não me interessa”, explica.

O resultado dos 'homicídios' pode ser visto nas fotografias da mostra, nas quais Marcela Tiboni é, além de fotógrafa, a modelo.

Munida de armas fictícias, ela confronta os personagens clássicos dentro de suas molduras. “A fotografia me possibilita fazer pintura através das lentes. E, já que a proposta é tornar público esse meu questionamento pessoal, eu resolvi me inserir fisicamente na obra. Eu mesma fiz os retratos, sozinha com um controle remoto”.

A fotógrafa afirma ainda ter algumas dúvidas sobre o efeito de seu trabalho em Crimes Passionais. “Às vezes me pergunto se a intenção é voltar no tempo e adentrar naquele contexto ou dar vida àqueles personagens e arrastá-los para o presente. A segunda opção me convence mais, porém a interpretação fica a critério de quem vê”, sentencia.

Imagem

Jornal da Paraíba

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