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COTIDIANO

Acusados de chacina ocorrida em 1997 serão julgados em outubro

Oito detentos foram assassinados durante uma rebelião em 1997 no Presídio do Róger. Dentre os acusados do crime estão nove policiais militares.

Publicado em 21/09/2009 às 15:12

Do TJ-PB

No dia 8 de outubro, os 13 acusados de praticarem os assassinatos de oito detentos no Presídio do Roger, em João Pessoa, sentarão no banco dos réus. Dentre os denunciados estão nove policiais militares.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a “Chacina do Roger”, como ficou conhecida a ação dos envolvidos no processo, aconteceu no interior do Pavilhão 4 e teve como objetivo encerrar uma rebelião de presos. O julgamento acontecerá no 1º Tribunal do Júri da Capital, localizado no Fórum Criminal “Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello”.

Com base no inquérito policial, o MP ofereceu denúncia contra os primeiros tenentes da Polícia Militar da Paraíba; Jorge Henrique Souza Uchôa e João Batista Guedes; os terceiros sargentos, Claudemir José de França e Fábio da Silva Rodrigues; os soldados Marcos Araújo Guedes, Ginaldo da Silva Guedes, José Carlos Silva da Cruz, Cleidson Ferreira da Silva e Luiz Carlos Ferreira de França, como também os civis Raimundo Nonato de Freitas, conhecido por “Jararaca”, Sandro Araújo da Silva, Cleginaldo Alves Severiano, vulgo “Matuto” e Vanderlan Alves Holanda, o “Ivan Ventola”.

Ainda de acordo com o MP, no dia 29 de julho de 1997, por volta das 17h, o Pavilhão 4 do Presídio do Róger foi palco de “uma sequência de fatos que enlutaram e envergonharam o Estado da Paraíba”. Naquela data, houve uma rebelião, onde os presos ameaçaram de morte e fizeram reféns o então diretor da Instituição, agentes penitenciários e apenados, que auxiliavam na administração do presídio.

No Relatório Médico-Legal, assinado pelo médico-legista, Genival Veloso França, está registrado, em sua conclusão, que “houve, sim, um massacre, uma chacina, um trucidamento como todos os requisitos de crueldade e insânia”. Já a defesa sustenta que são inverídicas e injustas as acusações que constam no processo e que, por ocasião do Júri Popular, vai rebater cada uma delas.

Imagem

Jornal da Paraíba

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