POLÍTICA
Promotoria denuncia desvio de R$ 22 milhões no BNB
Ricardo Rocha também pediu a prisão preventiva de Juracy Pinto Cunha Filho, dono das empresas e apontado como principal responsável pelas fraudes.
Publicado em 14/08/2012 às 8:00
O Ministério Público do Ceará denunciou um empresário, seis empresas e 23 servidores do BNB (Banco do Nordeste) sob a acusação de desvio de R$ 22 milhões da instituição. O promotor Ricardo Rocha também pediu a prisão preventiva de Juracy Pinto Cunha Filho, dono das empresas e apontado como principal responsável pelas fraudes.
Com isso, a Promotoria pretende preservar as provas de um suposto esquema de desvios de recursos que pode ultrapassar R$ 2 bilhões em pelo menos cinco Estados. Entre os crimes denunciados estão estelionato, formação de quadrilha e falsificação de documentos.
A defesa de Cunha Pinto disse que ele ainda não foi notificado oficialmente sobre a acusação e que só pretende se manifestar depois disso. O advogado Paulo Quezado negou que o empresário esteja foragido. "Ele está na cidade, trabalhando normalmente e vai se apresentar quando necessário", disse.
O Ministério Público investiga o caso desde setembro de 2011.
Na primeira etapa, Rocha identificou que empresas de Cunha Filho apresentavam notas falsas para justificar empréstimos e financiamentos contraídos no BNB.
"A grande maioria utiliza notas e relatórios falsos para comprovar a existência de máquinas que não existiam de fato. Em alguns casos, as empresas existiam só no papel", disse. O promotor identificou pelo menos cem veículos financiados com documentos falsos. O esquema, segundo a Promotoria, conta com a participação de gerentes e técnicos do BNB.
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