COTIDIANO
Agindo há 10 anos, arrombadores de banco tinham vida de luxo
Suspeitos são consideradosos maiores ladrões bancos da PB. Segundo a polícia, eles são proprietários de carros avaliados em mais de 100 mil.
Publicado em 19/08/2015 às 11:13
Dez anos. Esse era o tempo em que dois suspeitos de arrombar caixas eletrônicos vinha atuando na Paraíba. A dupla foi presa na noite de terça-feira (18) em João Pessoa e segundo a Polícia Civil podem ser apontados como os maiores arrombadores do Estado. O delegado responsável pela investigação contou que eles levavam uma vida de alto padrão. As informações foram divulgadas em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (19).
Gerliano Faustino Macena Mendonça, de 31 anos, foi preso no bairro de Mangabeira, Zona Sul de João Pessoa; e Eriberto Nascimento Belo Júnior, também de 31 anos, foi preso em Tambauzinho, na Zona Leste da capital.
Segundo o delegado Walter Brandão, titular da delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, eles cometeram assaltos em pelo menos 10 municípios do Estado. A dupla locava carros em João Pessoa e cometia os crimes em cidades do interior. “Semanalmente eles saiam pelo Estado em busca das agências que apresentavam melhores condições para fazer a investida durante a madrugada. Os dois entravam na agência, enquanto um desativa os circuitos de segurança, o outro ficava responsável pelo arrombamento do caixa”, explicou.
Durante os 10 anos que vinham atuando, Eriberto já tinha sido condenado por assalto e formação de quadrilha, foi beneficiado com a progressão de pena, não cumpriu e se encontrava foragido. Já Gerlânio, havia sido preso em flagrante, mas respondia em liberdade. Walter Brandão ressaltou que durante a abordagem, Eriberto apresentou um documento falso.
De acordo com o delegado, os dois tinham uma vida de alto padrão. “Eles tinham carros de luxo, veículos avaliados em R$ 100 mil, e aparelhos celulares de última geração”, afirmou. Walter Brandão disse também que eles estariam lavando dinheiro a partir da venda de imóveis e também de uma empresa de eventos.
As acusações da polícia foram rebatidas por Gerliano. Segundo ele, não existem provas que ele tenha participado dos crimes. “Eu estou sendo perseguido, tem muitas pessoas que me perseguem. Eu quero provas”, disse. O suspeito declarou, inclusive, que só conhece Eriberto há um ano e não há 10, como a polícia afirma.
Com os suspeitos a polícia apreendeu uma pistola de uso restrito e um maçarico de plasma. Segundo a polícia, esse último equipamento era usado nos arrombamentos e custa em torno de R$ 50 mil. Walter Brandão destacou que o inquérito vai ser finalizado em 10 dias e nesse período outras pessoas podem ser indiciadas.
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