COTIDIANO
Coordenador do PSOL critica "rabo preso" de gestores em JP
Dando continuidade à série de entrevistas da 101 FM, Tássio Teixeira diz que Ricardo Coutinho faz parte de uma nova esquerda, desvirtuada e afastada das origens.
Publicado em 17/07/2008 às 15:34 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:43
Phelipe Caldas
O coordenador da campanha de Marcos Dias (PSOL) à Prefeitura de João Pessoa, Tássio Teixeira, foi entrevistado nesta quinta-feira (17) pelo programa Paraíba Agora, da 101 FM. Ele alertou a população sobre a importância de saber quem são os empresários que financiam as campanhas eleitorais na cidade, para saber a serviço de quem estarão os gestores eleitos. “O PSOL não aceita ser financiado por empresários justamente para não ter rabo preso”, declarou Teixeira, dando o tom agressivo do discurso da legenda.
Em relação ao prefeito Ricardo Coutinho (PSB), Tássio o classificou de representante de uma “nova esquerda”, que segundo ele é “desvirtuada e cada vez mais afastada dos ideais socialistas”.
Tássio Teixeira declarou também que a crise interna registrada na legenda no início do pleito, quando dois militantes se apresentaram como candidatos, já está superada e que o PSOL caminhará “unido e coeso” nas primeiras eleições municipais do partido.
Sobre o guia eleitoral, Tássio Teixeira disse que ele será utilizado para apresentar as idéias do PSOL, para denunciar as irregularidades da gestão Ricardo Coutinho e para dar eco a todas as reivindicações da classe trabalhadora da capital.
Entre as propostas apresentadas por Tássio, está a bandeira da ecologia e a diminuição dos preços das passagens de ônibus coletivos. “A Estação Ciência é na verdade uma agressão ao meio ambiente, e isto deve ser denunciado. Sobre o transporte coletivo de João Pessoa, ele deve ser de qualidade e ter um preço que seja acessível a todos os trabalhadores”, destacou.
Ele disse também que é importante fiscalizar as pessoas que trabalham nas campanhas, e evitar que menores de idade deixem as escolas para fazer panfletagem, segurar bandeiras ou corpo a corpo por trocados. “No PSOL não pagaremos para as pessoas trabalharem. Cada trabalhador insatisfeito com os rumos de João Pessoa deve ser um militante ativo em nossa luta”, convocou.
Mesmo sem querer fazer previsões, Tássio disse ainda que o PSOL vai trabalhar para vencer as eleições e ocupar cadeiras na Câmara Municipal de João Pessoa. “Queremos construir e fortalecer o partido”, concluiu.
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