CULTURA
Energisa exibe Jean Rouch
O longa, que transita entre o documentário, a ficção e o registro etnográfico, será exibido a partir das 19h30 na sala Vladimir Carvalho.
Publicado em 16/10/2013 às 6:00
Som direto e filmagens fora do estúdio ainda eram novidades quando Jean Rouch (1917-2004) usou estes recursos em A Pirâmide Humana (La Pyramide Humaine, França, 1961), filme de hoje da Usina Lumière, em João Pessoa.
O longa, que transita entre o documentário, a ficção e o registro etnográfico, será exibido a partir das 19h30 na sala Vladimir Carvalho, na Usina Cultural Energisa.
A entrada é gratuita e, após a sessão, o mestrando em antropologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Beano Regenhaus debaterá com questões da obra com o público e irá sortear um exemplar do livro Cinema na Paraíba/Cinema da Paraíba (2007), de Wills Leal.
A Pirâmide Humana parte de um experimento: na Costa do Marfim, Rouch reúne em uma sala um grupo de brancos europeus e outro de negros africanos. Da interação destes grupos partirá uma pesquisa em torno do preconceito e das relações pessoais.
Sem um roteiro definido previamente, o diretor baseia-se no psicodrama de Levy Moreno (1889-1974) para atribuir a cada indivíduo papeis como o de melhor aluno da classe, o garoto problema, etc.
Um filme pioneiro, que ajudou a moldar a feição do documentário contemporâneo e é parte de uma revolução técnica iniciada por Rouch com Eu, um Negro (1958). (Tiago Germano)
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