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ECONOMIA

Natal é tempo de ter renda extra

Trabalhadores e donas de casa chegam a triplicar a renda familiar em dezembro.

Publicado em 10/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 26/04/2023 às 13:48

Se a chegada do final de ano para muitos é sinônimo de compras e dívidas, para os empreendedores informais é tempo de renda extra. Os trabalhadores e donas de casa gastam sua energia para uma série de produtos e serviços que chegam a triplicar a renda familiar em dezembro.

O leque de opções vão desde as encomendas de salgados e doces, criação de peças decorativas, até se fantasiar de Papai Noel, que se multiplicam nos mais variados biotipos em shoppings, nas lojas de comércio e em confraternizações, divulgando os produtos das lojas e chamando a atenção da criançada.

Para o frentista Marcone Martins de Araújo, 39 anos, que nas horas vagas também trabalha como animador de festas infantis como o palhaço 'Baba Baby', o final de ano é a hora de tirar do baú a roupa vermelha do “bom velhinho” e correr para a rua, atendendo os contratos firmados com os lojistas de João Pessoa. Como funcionário de um posto de combustível, ele ganha R$ 850,00 mensalmente e nas atividades extras como palhaço seu rendimento mensal atinge os R$ 1.500,00.

No último mês do ano, porém, ele chega a faturar R$ 5 mil, ou seja, mais do triplo do que costuma receber em seu trabalho. “No mês de dezembro aparecem vários contratos e chego a fazer mais de uma loja por dia. Também entrego presente na casa das crianças, porque alguns pais pedem”, contou.

A ideia de se transformar em Papai Noel surgiu há 8 anos, quando Marcone Martins começou a participar de um trabalho social no bairro de Cruz das Armas, na capital paraibana.

“Também sou comerciante e teve um ano que os lojistas de Cruz das Armas resolveram doar presentes às crianças carentes”, disse.

Nesta época surgiu no bairro a campanha “Faça uma criança sorrir neste Natal”. “Além do dinheiro que a gente ganha, ser Papai Noel é gratificante porque vemos a alegria das crianças na hora em que recebe o presente. Incentivo a quem estiver disposto a trabalhar nesta função”, disse Marcone, que cobra R$ 300,00 para interpretar por algumas horas a figura de São Nicolau.

O mês de novembro também traz expectativas positivas para a merendeira Edineide Silva Oliveira, 40 anos. Há 12 anos fazendo salgados em casa, ela já tem uma clientela fixa e no fim de ano os pedidos dobram. A cozinheira conta que cobra R$ 35,00 pelo cento de salgados e que, em média, ganha R$ 1.000,00 todo mês com o trabalho na escola e encomendas que recebe. Mas com as festas de Natal e Réveillon o faturamento chega a R$ 2.000,00.

“Comecei a fazer salgados em casa e depois fiz um curso no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) onde aprendi muita coisa. Hoje faço coxinha, pastel, cornoscópio, brigadeiro, docinhos Romeu e Julieta, tortas e outras coisas.

Para dar conta de tudo, trabalho de madrugada e chamo a família para me ajudar”, revelou.

A beleza das peças artesanais de Maria José Belo da Silva, 40 anos, também é bastante requisitada pelas donas de casa no período natalino. Neste ano, ela disse que já começou a fazer as luminárias coloridas feitas com barbante. “As vendas dobram em dezembro, graças a Deus. Além das peças em artesanato, também faço lembrancinhas para formaturas, casamentos e primeira comunhão, que também são comuns neste mês”, contou.

A artesã disse que faz trabalhos manuais há 15 anos e os dois melhores períodos do ano para ela são o São João e Natal.

“Faço artesanato o ano todo, mas o movimento maior é nesta época. Por isso tenho que chamar duas pessoas para me ajudar”, confessou Maria José, que está em processo de instalação de um ateliê no bairro do Geisel, em João Pessoa.

BUSCAR DIFERENCIAL É FUNDAMENTAL PARA EMPREENDER

O consultor em estratégias empresariais Ari Lima destacou que para driblar a concorrência o empreendedor informal deve buscar um diferencial, se capacitar e usar as redes sociais como uma das principais ferramentas de divulgação de seu produto.

Ele também alertou que a busca pela formalização do trabalho pode trazer uma série de vantagens.

“Para quem faz disso uma profissão é importante se transformar em um Microempreendedor Individual porque, com isso, o mercado já começa a olhá-lo de forma diferenciada. Algumas empresas também exigem nota fiscal na hora que contratam um serviço e isso é mais fácil para um trabalhador formalizado.

Então, o mercado se abre para este trabalhador, que também deve se capacitar e procurar um diferencial para se destacar diante da concorrência”, orientou Ari Lima.

De acordo com o consultor, este trabalhador deve explorar as mídias sociais para divulgar seus produtos ou serviços porque são simples, baratas e práticas. “Mas para isso é importante saber se promover nas redes sociais, transmitir bem a informação e até criar uma Fanpage ou ter um bom perfil no Facebook”, contou.

Ari Lima também alertou os empreendedores a ficarem atentos a seus custos, separar os gastos com os negócios dos pessoais. Segundo ele, uma dica é organizar as finanças em planilhas.

“Para quem faz esta atividade como hobby, para ganhar um extra de vez em quando, também é importante primar pela qualidade e ter uma boa rede de contatos”.

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Jornal da Paraíba

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