Após operação, Ciretran volta a funcionar em CG

O setor de vistorias de veículos na 1ª Companhia Regional de Trânsito de Campina Grande (Ciretran) voltou a operar somente na manhã de ontem após uma operação da Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), na última quarta-feira, que resultou na prisão de seis funcionários suspeitos de comandar um esquema de propina para liberação de veículos irregulares. Os serviços precisaram ser interrompidos nos últimos dias porque apenas um dos colaboradores do setor de vistoria não foi preso na operação realizada nesta semana.

De acordo com o diretor da Ciretran, Francisco Sousa, atualmente dois servidores estão trabalhando com as vistorias, sendo que um deles precisou ser remanejado de outra função para prestar auxílio ao único servidor que não foi preso após operação 'Pit Stop'.
“Só ficamos com um colaborador, mas aí recrutamos outro funcionário para o setor poder 'andar'”, disse o diretor, projetando que nos próximos dias a fila de espera dos usuário pode aumentar uma vez que a média de atendimento ao público varia entre 100 e 160 veículos vistoriados.

“Antes nós tínhamos mais funcionários e, em algumas semanas, o fluxo de carros era muito grande. Chegava até 160 vistorias por dia no período onde a procura era maior. Agora com apenas dois servidores é natural que aumente o tempo de espera na fila, mas nós estamos funcionando das 8h às 17h de segunda a sexta-feira, além das 8h às 13h do sábado. O que não justifica as pessoas chegarem aqui às 4h da manhã”, acrescentou o Sousa, que disse que a média de espera é de 30 minutos para o usuário ser atendido.
Quem já havia contado no seu relógio essa estimativa de tempo foi o militar aposentado Antonio Maria de Lima, 67 anos, morador do bairro Jardim Paulistano, que via a primeira meia hora avançar, mas ainda contava vários veículos à sua frente. Sem perspectiva de ser atendido em pouco tempo, só restou ao aposentado ver os dois funcionários se desdobrarem no serviço. “Se antes já demorava com todos os funcionários, agora com apenas dois é que a gente vai demorar a sair daqui. A gente chega, não tem nenhuma informação certa, ninguém vem nos auxiliar, e só nos resta esperar”, disse Antonio de Lima.

Sobre a possibilidade de aumentar o número de trabalhadores no setor de vistorias, o diretor Fancisco Sousa afirmou que apenas após a realização do concurso do Detran é que todas as vagas serão preenchidas.

Segundo ele, serão efetivados 30 servidores para a função de vistoriador, contudo, ele não sabe quantas serão destinadas à 1ª Ciretran de Campina Grande. “O concurso é estadual, até agora só sabemos quantas vagas serão ao todo. Daqui até a nomeação dos aprovados iremos operar com os funcionários que temos à disposição”, pontuou Sousa.