VIDA URBANA
Servidores anunciam greve em 145 creches e escolas de CG
Sindicato estima que 4 mil professores e técnicos paralisem serviços. Paralisação está marcada para esta segunda-feira (13).
Publicado em 09/02/2012 às 16:10
Os professores e técnicos da rede municipal de ensino de Campina Grande decidiram iniciar uma greve nas escolas e creches a partir de segunda-feira (13), em reivindicação pela implatanção do piso salarial nacional. A votação aconteceu durante assembleia geral na manhã desta quinta-feira (9). O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab) estima que quatro mil servidores da categoria suspendam os serviços em 120 escolas e 25 creches da prefeitura.
Os profissionais do magistério querem a aplicação de um reajuste de 22% previsto este ano para o piso nacional, hoje estipulado em cerca de R$ 1.182. Segundo o presidente do sindicato, Napoleão Maracajá, atualmente a prefeitura pagaria cerca de R$ 700. Além da pauta dos professores, os merendeiros e servidores de apoio também exigem o pagamento do adicional pelo exercício de atividades insalubres e a correção das progressões horizontais.
Em resposta às reivindicações, Lídia Moura, coordenadora de assuntos políticos da prefeitura de Campina Grande, declarou que o piso já estaria sendo pago proporcionalmente para um regime de 25 horas de trabalho e que o sindicato já teria um acordo com a secretaria municipal de Educação para ampliar a carga horária para 30 horas. Ainda segundo Lídia, o adicional de insalubridade só pode ser pago às funções que têm direito. Com relação às progressões horizontais, ela explicou que já existe uma minuta desenvolvida em fase de revisão para apresentar aos servidores.
Apesar das explicações, o presidente do sindicato reclamou da "falta de comunicação" entre a prefeitura e os servidores. "Desde agosto do ano passado protocolamos um pedido de audiência com o prefeito, mas não tivemos resposta", reclamou Napoleão.
O ano letivo nas escolas da rede municipal de Campina Grande começou na terça-feira (7), mas as creches ainda não abriram as portas. O adiamento aconteceu devido a um atraso no processo de contratação da empresa vencedora do processo licitatório para o fornecimento de merenda escolar. Segundo o secretário de Educação Flávio Romero, a licitação foi homologada em janeiro, mas até então a empresa vencedora não assinou o contrato.
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