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CULTURA

Documentário sobre Duduta é única produção paraibana em festival internacional

Com o seu ofício de luthier presenteou um instrumento de cordas confeccionado especialmente para Paolinho da Viola.

Publicado em 10/04/2011 às 11:44

Audaci Junior
Do Jornal da Paraíba

Quando o sol dominical nasce no bairro de Bela Vista, em Campina Grande, os ‘aprendizes’ se reúnem para uma tradição rezada há mais de 50 anos na casa de seu José Ribeiro da Silva, mais conhecido como mestre Duduta: extrair sons em forma de lágrimas das cordas do cavaquinho, em coro de lamentações da maraca, pandeiro e tantam. Os pernambucanos Marinês (1935-2007) e Dominguinhos já foram os noviços dessas rodas.

“É uma pessoa humilde que foi reconhecida com o diploma de ‘Mestre das Artes’ (concedida pela Secretaria de Cultura do Estado) por manter a chama do choro acesa”, analisa Riccardo Migliore, codiretor junto com Thaíse Carvalho do documentário Seu Cavaco, Dom Bandolim e o Choro de Mestre Duduta na Rainha da Borborema.

A paixão do personagem movida pelas rodas de chorinho foi vista no 16° festival internacional ‘É Tudo Verdade’, maior evento de documentários da América Latina, na mostra não-competitiva ‘O Estado das Coisas’. “Foi para documentários inéditos”, comenta Thaíse Carvalho. “De 200 inscritos, apenas oito foram selecionados, sendo quatro do Brasil e quatro de fora.”

Seu Cavaco, Dom Bandolim... também foi escolhido para outro festival internacional, o 3° In-Edit Brasil, na seletiva Panorama Brasileiro. “Em maio, ele também passará numa mostra de Milão, através do Instituto Brasil-Itália”, informa Riccardo.

Universidade do Choro

Natural de Bananeiras e com 77 anos bem vividos, mestre Duduta não só acaricia o som do bandolim e do cavaquinho, como faz o parto de tais instrumentos musicais em uma oficina montada na sua própria casa. Uma verdadeira “universidade do choro”, definida por um de seus filhos, Waguinho Ribeiro, que também ostenta a herança patriarcal nos braços.

Com o seu ofício de luthier presenteou um instrumento de cordas confeccionado especialmente para Paolinho da Viola.

Radicado na Paraíba desde 2004, o italiano Riccardo Migliore já realizou vários documentários por essas paragens, participando de festivais como o Cineport e Fenart. Quando a jornalista Thaíse Carvalho realizou uma reportagem sobre Duduta, em 2008, eles se uniram para documentar o mestre do chorinho.

Segundo Migliore, a produção independente foi aprovada pelo protagonista em pleno dia natalino, com todos os galhos genealógicos presentes. “Ele ficou muito feliz”, comenta.

Campina Grande pode ser ‘a Rainha do Forró’, mas guarda silêncio quando o choro do mestre Duduta se faz ouvir, tão sagrado como uma missa de domingo.

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Jornal da Paraíba

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