VIDA URBANA
Equipamento deve oferecer mais segurança no pouso de aeronaves
Equipamento deverá ser instalado no próximo ano no aeroporto João Suassuna e irá custar cerca de R$ 10 milhões.
Publicado em 26/09/2012 às 6:00
Um equipamento de cerca de R$ 10 milhões deverá ser instalado no Aeroporto João Suassuna, em Campina Grande, até o primeiro semestre de 2013. O Instrument Landing System (ILS) permite uma aterrissagem mais segura através de sinais de rádio que são recebidas em instrumentos de bordo e somente é encontrado nos maiores aeroportos do País. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), uma equipe da Aeronáutica deverá fazer uma visita ao João Suassuna para o início das obras.
De acordo com o superintendente da Infraero na cidade, Nilson José da Silva, o equipamento não é fabricado no Brasil e já deve estar em processo de criação para que, no próximo ano, seja instalado em Campina Grande. Ele não soube informar em qual país está sendo produzido o aparelho, mas contou que foi realizada uma concorrência internacional para adquirir o produto.
“Esse processo já dura um ano e finalmente o aparelho vai ser adquirido. Nos próximos dois meses serão realizadas as obras para a base do equipamento, que será instalado na lateral da pista de pouso”, contou. Ele também explicou que uma equipe da Força Aérea Brasileira deverá visitar o aeroporto ainda esta semana. Conforme disse, o novo equipamento permitirá mais segurança na hora da aterrissagem, principalmente durante o inverno, quando a visibilidade fica prejudicada por causa da nebulosidade.
Este ano, cerca de 20 aviões não conseguiram aterrissar no aeroporto, principalmente pelas condições climáticas, cinco apenas no mês de junho, quando o tempo estava mais frio. O equipamento funciona através de uma emissão de sinais indicativos da rampa de aproximação, pelo localizer e pelos marcadores, que indica o eixo da pista. O ILS é baseado na transmissão de sinais de rádio, que são recebidos, processados e apresentados nos instrumentos de bordo, definindo uma direção que representa o prolongamento do eixo da pista, permitindo, dessa forma, uma aterrissagem segura.
Mas conforme o superintendente da Infraero, embora eficiente, o sistema não pode evitar que muitos pousos sejam abortados.
“Muitas vezes o pouso não é feito pelas condições climáticas, mesmo nos aeroportos que possuem o equipamento. O sistema ajuda na visibilidade dos pilotos, mas por si só não é suficiente para que a aterrissagem seja realizada”, explicou Nilson José da Silva. Ele informou que 97% dos voos que chegam até o aeroporto aterrissam no horário certo.
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