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VIDA URBANA

Moradias universitárias não têm infraestrutura

Espaços estão comprometidos e estudantes que dependem da residência universitária são obrigados a conviver com os problemas.

Publicado em 22/11/2012 às 6:00


Estudantes da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) estão sofrendo com a falta de estrutura nas residências universitárias onde vivem. Em duas das quatro moradias, localizadas no Centro e bairro da Prata, foram verificadas muitas deficiências, como infiltrações, fiações elétricas improvisadas, paredes descascadas e móveis destruídos. Segundo o pró-reitor de Administração da instituição, Alexandre Gama, a UFCG pretende construir uma residência única para acomodar todos os estudantes confortavelmente.

Há dois anos vivendo na residência localizada no Edifício Paloma, na rua Maciel Pinheiro, Centro da cidade, um dos moradores que não quis ser identificado, contou que a estrutura é precária. No local, onde moram 16 pessoas, a sala de estudos funciona como um depósito de móveis quebrados. No banheiro, uma infiltração é visível e sem lâmpadas os estudantes tomam banho no escuro; nos quartos e na cozinha as paredes estão sendo tomadas por mofo, prejudicando a saúde dos moradores.

“A gente tem medo de sofrer alguma represália por mostrar a situação do lugar, mas estamos desconfortáveis aqui”, disse o universitário.

Na residência do bairro da Prata, que fica localizada na rua Duque de Caxias, onde residem 50 estudantes, as condições são similares: pedaços de reboco que caíram, paredes descascadas, fiações improvisadas, equipamentos quebrados e muito lixo acumulado. Ontem, parte dos estudantes estiveram reunidos com o pró-reitor de Administração e, segundo ele, os problemas já estão caminhando para uma solução.

“No Edifício Paloma houve uma complicação porque o proprietário informou que não realizaria intervenções se o aluguel não fosse reajustado. A UFCG, como qualquer instituição pública, depende de aprovações e o reajuste não foi aprovado pelo Ministério da Educação (MEC). Então os alunos escolheram um novo local para morar e serão transferidos até 31 de dezembro. Já na Prata, as reformas são feitas de acordo com a necessidade”, informou.

Ele também contou que os dois casos são problemas pontuais e que, assim como nos demais campi da universidade, será construída uma residência que possa oferecer uma estrutura adequada. “Ainda não foi construída porque não encontramos um terreno para isso, apesar de termos realizado três concorrências, mas os proprietários não atendiam a todas as necessidades legais. Mas a universidade dispõe do recurso para a construção, só precisamos encontrar um local adequado, como aconteceu com os demais campi, todos com uma estrutura adaptada”, explicou.

A reportagem tentou localizar o dono do Edifício Paloma, mas não conseguiu.

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Jornal da Paraíba

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