VIDA URBANA
Aumenta procura por atendimento no Trauma
Suspensão de serviços do pronto atendimento do HUAC pode causar aumento de demanda no Hospital de Trauma e preocupa direção.
Publicado em 27/01/2012 às 6:30
Desde a última quarta-feira os serviços de pronto atendimento adulto e infantil do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, foram suspensos por um período mínimo de 6 meses por causa de uma reforma no prédio. Com isso, aproximadamente 27 mil atendimentos vão deixar de ser realizados.
A situação tem preocupado a direção do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, que teme que a unidade passe a funcionar de forma caótica.
Segundo o diretor técnico do Hospital de Trauma, Flawbert Cruz, o aumento da demanda já começou a ser percebido em alguns setores como pediatria, além do atendimento destinado a pacientes com doenças crônicas, como hanseníase e tuberculose, por exemplo, cuja referência no município é o Hospital Universitário.
“Esta é uma atitude inusitada na gestão pública, a direção do HU precisa determinar antecipadamente um outro local de atendimento.
Enxergamos com muita preocupação esta situação pois não temos estrutura de retaguarda para recepcionar estes pacientes”, destacou.
De acordo com Flawbert Cruz, a consequência imediata da interrupção dos serviços no HUAC é a superlotação do Hospital de Trauma, que precisará funcionar com leitos em locais inadequados, gerando graves riscos à saúde da população. “A unidade terá uma demanda muito maior para atender, sendo que estes pacientes não estão dentro do nosso perfil de atendimento, que são urgências, emergências e vítimas de traumas. Teremos uma disputa de leitos, submetendo pacientes vítimas de acidentes de trânsito a dividirem espaço com pessoas com tuberculose, por exemplo, o que é uma situação impensável, mesmo que seja temporariamente”, explicou.
A diretora-geral do HUAC, Berenice Ramos, informou que a responsabilidade de encaminhar os pacientes é da Secretaria Municipal de Saúde, que foi comunicada previamente.
“Continuamos a realizar o atendimento referenciado, as urgências também não serão ignoradas, mas não temos condições de continuar a atender a mesma demanda durante a realização dos trabalhos de reforma no prédio”, esclareceu.
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